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Marca Bahia Notícias

Notícia

Ney Matogrosso participa de exibição de filme do Panorama

Por Daniel Silveira

Ney Matogrosso participa de exibição de filme do Panorama
Foto: Divulgação
Na noite deste domingo (1), o público do Panorama Internacional Coisa de Cinema se curvou para assistir à exibição do filme “Ralé”, de Helena Ignez. Além do filme da ex-mulher de Glauber Rocha, quem esteve presente na sessão pôde bater um papo com a cineasta e com o cantor Ney Matogrosso, que é um dos atores em cena.

A história de “Ralé” é sobre o casamento de Barão, personagem de Ney, ex-viciado em heróina, com um dançarino, em uma vila rural criada por ele. No entanto, o filme é mais amplo, é sobre as minorias. “Esse filme precisa existir nesse momento de nosso país que está tomando um rumo tão estranho, ele é necessário”, afirmou o cantor. Desde o início do longa, Ignez coloca essa questão. “Já no começo, ele traz os indígenas, que estão sendo massacrados e ninguém fala disso”, contou Ney, sendo aplaudido prontamente pela plateia.



Ney Matogrosso, Djin Sganzerla (que teambém está no elenco) e Helena Ignez: exibição e bate-papo com o público | Foto: Milena Palladino


“Ralé” nasceu de um média-metragem também dirigido por Ignez, que era sobre uma única minoria, como ela fala. “Começou exatamente com a ideia do beijo, do Ney. E conseguiu bastante sucesso”, explicou a cineasta. Por conta do sucesso, a diretora conseguiu um orçamento, que garantiu a produção do longa. “Era exatamente o que eu queria, falar sobre mulheres, sobre os gays”, contou. Além das duas, há cenas de “Ralé” que demonstram apoio da cineasta à causa trans (uma das personagens trans do filme é a celebrante do casamento de Barão e seu noivo).

Ralé mostra também como Ignez continua ligada ao bom cinema e à sua relação com a sétima arte, que vai além do casamento com Glauber Rocha. A atriz de “Copacabana Mon Amour” se coloca em um espelho temporal dentro de seu próprio filme. Sonia Silk, personagem de Ignez no filme de Rogério Sganzerla, ressurge em uma releitura, como uma ode à geração que revolucionou o cinema nacional.

Ralé tem feito carreira em festivais e estreia nacionalmente em abril de 2016, com distribuição pela Pandora Filmes.