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Importantes nomes da cultura baiana manifestam pesar pela morte de João Ubaldo

Por Jamile Amine

Importantes nomes da cultura baiana manifestam pesar pela morte de João Ubaldo
O diretor, dramaturgo e compositor Gil Vicente Tavares tinha uma relação pessoal com João Ubaldo, morto nesta sexta (18), aos 73 anos . Ele foi batizado pelo escritor, já que seu pai, o poeta, dramaturgo e compositor Hildásio Tavares, era um dos grandes amigos dele. “Minha mãe tinha perdido um bebê e quando ela engravidou de novo ele colocou a mão na barriga dela e disse que esse iria nascer e que ele seria o padrinho”, conta Gil Vicente. Para ele, que adaptou a obra “Sargento Getúlio” para o teatro em 2011, a morte de João Ubaldo significa mais uma perda “de uma geração da faixa dos 70, que traz uma importância cultural para o país sem igual. Ele era um grande escritor, um cara que se colocava publicamente, entrava nas discussões do país, da cultura, da política. Ele não era simplesmente um escritor ermitão que se escondia do mundo, ele debatia. Além disso, ele é mais que um autor de um livro só, ele foi fundamental para a identidade do Brasil real e profundo, um Brasil que a gente tenta jogar uma pá de concreto o tempo inteiro, o Brasil mais verdadeiro e intenso”.
 
O diretor teatral Gil Vicente no colo do padrinho João Ubaldo Ribeiro - Foto: Arquivo Pessoal
 
O jornalista e escritor Carlos Navarro Filho, responsável pela coluna Literatura do Bahia Notícias, também tinha uma relação estreita com o escritor. Eles foram colegas no Jornal da Bahia em seu início de carreira, enquanto João Ubaldo publicava a coluna Satírico. Com o tempo começou uma amizade que os levou a trabalhar juntos novamente na Revista Viver Bahia, que contava com uma página mensal com uma crônica do autor baiano. Para Navarro “João era o maior escritor vivo do país. Seu trabalho, recheado de regionalismo, é o melhor reflexo literário da vida brasileira. ‘Viva o povo brasileiro’, principal romance dele, é uma obra definitiva. Ele tem outros clássicos, outras obras primas, mas esta é a maior delas. O país perde sua melhor pena hoje, mas continuara vivo na obra que ele deixou”, afirma o jornalista.