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Adélia explica desistência de contratar faculdade para gerir Hospital Metropolitano; entenda

Por Bruno Leite / Lula Bonfim

Adélia explica desistência de contratar faculdade para gerir Hospital Metropolitano; entenda
Foto: Leonardo Rattes / Sesab

A secretária da Saúde do Estado da Bahia, Adélia Pinheiro, justificou, em entrevista ao Bahia Notícias nesta terça-feira (16), a desistência do governo estadual em contratar uma instituição de Ensino Superior para gerir o Hospital Metropolitano (relembre aqui), construído em Lauro de Freitas. De acordo com ela, o modelo de gestão através de uma faculdade seria uma novidade no Brasil e ainda precisa de tempo para ser aprimorado.

 

“A construção da forma de vínculo com uma instituição de ensino superior é um programa específico. Ele é novo, ele é uma inovação no Brasil, ninguém nunca fez isso. Então julgamos que é um modelo que precisa de tempo para ser melhor aprimorado”, avaliou a titular da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

 

Segundo Adélia, como o novo modelo ainda não está pronto para ser colocado em prática, o governo do estado decidiu por manter a estrutura de gestão que já tem sido aplicada em outras unidades de saúde da Bahia. O Hospital Metropolitano, inaugurado nesta terça, será gerido pelas Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid).

 

“Nós já fizemos uma consulta. A consulta nos trouxe uma boa parte de subsídios para aprimoramento, mas ainda não entendemos que está completamente pronto. E, por outro lado, não poderíamos ficar esperando o modelo ficar pronto, se nós já temos um modelo testado com boa resposta e bom resultado, que é o modelo com OS [organizações sociais]”, justificou a secretária.

 

Conforme informações passadas por Adélia Pinheiro, a Osid deve gerir o Hospital Metropolitano pelos próximos seis meses e já há um chamamento público para que outras organizações sociais possam fazer propostas e disputar a gestão do novo equipamento.

 

REPASSE À OSID

O governador Rui Costa (PT) revelou, na manhã desta terça, que a gestão estadual aumentou os repasses para as Obras Sociais de Irmã Dulce, para que a instituição não fechasse as portas. De acordo com Adélia, a Osid cumpre os requisitos de um programa de incentivo do governo e, por esse motivo, teve o direito a um aporte milionário.

 

“Foi um programa de incentivo a hospitais que têm uma determinada característica que o Hospital Santo Antônio se encaixa. Um hospital com mais de 600 leitos, que é hospital de ensino, que é exclusivamente SUS e unicamente contratualizado com a Sesab. Com as características que tem o Hospital Santo Antônio e esse programa de incentivo, envolve um aporte anual em valores próximos a R$ 26 milhões”, revelou a titular da Sesab.

 

PISO DA ENFERMAGEM

Adélia também demonstrou preocupação com a imposição do piso nacional da enfermagem. Segundo ela, a reivindicação da categoria é justa e o estado tem capacidade de se planejar para começar a pagar os valores a partir de 2023, mas as organizações sociais que gerem unidades públicas de saúde devem enfrentar problemas para cumprir o determinado.

 

“O piso da enfermagem é uma reivindicação justa, e não é isso que discutimos. O que discutimos, sim, é a capacidade das diversas instituições de honrar esse compromisso”, disse Adélia.

 

“O setor público somente haverá a incidência em janeiro de 2023. Temos esse tempo para fazer os diálogos e a identificação de qual é a fonte financeira desses recursos. Mas, para as demais instituições privadas e filantrópicas, a incidência já passa a ocorrer a partir deste mês de agosto”, explicou.

 

“E, obviamente, para aquelas instituições filantrópicas que operam e fazem a gestão de unidades públicas, já ocorre a incidência sem que nenhum dos parâmetros de financiamento do Sistema Único de Saúde [SUS] seja alterado”, concluiu a secretária.