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Maioria da população brasileira, negros receberam 23% das vacinas contra Covid-19

Maioria da população brasileira, negros receberam 23% das vacinas contra Covid-19
Foto: Rodrigo Nunes/MS

Apesar de reunir a maior parcela da população brasileira, os pretos e os pardos receberam somente 23% das doses da vacina contra a Covid-19. Foram, ao todo, 63,8 milhões aplicadas, do universo de 270 milhões de unidades já administradas. Os dados foram expostos em reportagem do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

Os pretos receberam 11,4 milhões de doses, o que representa 4,3% do total da campanha. Outras 52,4 milhões foram aplicadas em pardos — 19,9% do total. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), juntas essas raças representam 54% da população nacional.

 

O ranking é composto, ainda, pela vacinação da população branca, que recebeu 95 milhões de doses (36%); amarela, com 37,1 milhões de doses aplicadas (14%); e indígena, que recebeu 671 mil doses (0,3%). A matéria ressalta a incongruência no volume destinado a quem se autodeclara como amarelo, muito superior ao percentual da população brasileira assim classificada no IBGE – 1,1% do total.

 

A desigualdade na aplicação das vacinas anti-Covid pode, no entanto, ser diferente – até maior. O problema é que, na prática, o governo federal não conhece a realidade das aplicações por raça/cor. O Ministério da Saúde não tem registro de raça sobre 25,6% das doses aplicadas – em problema que ocorre porque as unidades federativas falham ao alimentar o banco de dados nacional. Esse universo engloba 67,5 milhões de unidades da vacina.

 

Essa lacuna de informações compromete o monitoramento da campanha e dificulta eventuais ajustes para equilibrar a aplicação.

 

Os dados foram analisados pelo Metrópoles, com base em material publicado pelo LocalizaSUS, plataforma de registro de informações do Ministério da Saúde referente à pandemia, e consideram lançamentos disponibilizados até segunda-feira (25/10).

 

Os dados da plataforma são inseridos pelos municípios. Em seguida, são compilados por cada Unidade da Federação e registrados na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), plataforma nacional que centraliza informações do Sistema Único de Saúde (SUS).