Gasto com abertura de leitos de UTI para Covid-19 disparou 81% em 2021
Nos nove meses deste ano, a abertura de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para tratamento da Covid-19 superou todo o volume de 2020. De acordo com um levantamento do portal Metrópoles, no ano passado, foram 19 mil. Agora, até setembro, são 23,4 mil — 23% a mais. O volume de dinheiro gasto também subiu. Passou de R$ 3,8 bilhões para R$ 6,9 bilhões — 81,5% a mais.
Os dados fazem parte de uma análise do Metrópoles com base em informações divulgadas pelo LocalizaSUS, plataforma de prestação de contas do Ministério da Saúde referente à pandemia.
Para serem habilitados, estados e municípios devem enviar um ofício ao Ministério da Saúde com a solicitação. Entre os aspectos observados, estão a curva epidemiológica do coronavírus na região – os leitos devem estar com a ocupação superior a 50% –, a estrutura para manutenção e funcionamento da unidade intensiva e o corpo clínico para atuação em UTI.
Os recursos são pagos em parcela única a estados e municípios, para que os gestores locais façam o custeio das unidades intensivas por 90 dias – ou enquanto houver necessidade, em decorrência da pandemia. Ao menos 21 estados já receberam a ajuda.
A reportagem destaca que cada estrutura para Covid-19 demanda diariamente o dobro do valor habitual para leitos de UTI, passando de R$ 800 para R$ 1.600. Os gestores dos estados e municípios recebem o montante antes mesmo que os locais sejam ocupados.
O Ministério da Saúde admite que não tem dados sobre o fechamento de leitos de UTI para Covid-19. Levantamento do Metrópoles mostra que 14 unidades da Federação fecharam nos últimos dois meses. Alguns exemplos são Distrito Federal, São Paulo, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Tocantins, entre outras.