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Sem 'passaporte'?: Voluntários de estudos das vacinas não constam como imunizados no SUS

Por Jade Coelho

Sem 'passaporte'?: Voluntários de estudos das vacinas não constam como imunizados no SUS
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As pessoas que se voluntariaram e participaram dos estudos das vacinas que – agora – já imunizam milhões de brasileiros não estão conseguindo comprovar que estão protegidos. Diferente de quem tomou a vacina de janeiro para cá, durante a campanha do Programa Nacional de Imunizações (PNI), os dados e o “status” de vacinado não aparecem para essas pessoas no Conecte SUS, aplicativo oficial do Ministério da Saúde.

 

A ferramenta inclusive vem sendo usado como uma espécie de "passaporte da vacina" em alguns locais que estabeleceram restrições aos não vacinados contra a Covid-19. O Conecte SUS possibilita a geração de um certificado de vacinação e também que o cidadão acesse dados como o lote do imunizante e a data da aplicação da dose, além de informações sobre os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

A publicitária Juliana Morais está entre os 1.549 voluntários do estudo da Pfizer na Bahia, que aconteceu em parceria com as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em 2020, em Salvador. Ela tomou a vacina, mas não aparece no sistema do Ministério da Saúde. Ao BN, ela contou que se deu conta da situação depois que o local em que trabalha exigiu o comprovante de vacinação dos funcionários.

 

Juliana chegou a contatar os responsáveis pela pesquisa, e foi informada que desde o mês de fevereiro o pleito foi apresentado e esforços vêm sendo empregados para a regularização da situação dos voluntários junto ao Ministério da Saúde, mas até o momento não houve retorno por parte da pasta federal.

 

Ao Bahia Notícias, a Osid reconheceu o problema e afirmou que também já entrou em contato com o Ministério da Saúde. A informação mais recente é de que a pasta estaria desenvolvendo uma plataforma para regularizar essa situação e o prazo estabelecido para finalizar seria outubro.

 

A reportagem também procurou a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador, que informou que já provocou os órgãos reguladores do âmbito estadual e federal afim de obter a recomendação de como proceder nesse tipo de episódio, mas ainda não teve a formalização com as orientações.

 

A SMS sinalizou ainda que até o momento nenhum laboratório repassou para a pasta informações relacionadas às pesquisas, como a lista dos voluntários que participaram dos estudos e lotes dos imunizantes utilizados durante o processo de validação.

 

O Ministério da Saúde também foi procurado para esclarecer o fato, mas não retornou até a publicação desta reportagem.