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Duas doses da vacina de Oxford protegem 93,6% conta morte, aponta estudo de SP

Duas doses da vacina de Oxford protegem 93,6% conta morte, aponta estudo de SP
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Um estudo feito com moradores de São Paulo acima dos 60 anos que tomaram a vacina de Oxford/Astrazeneca contra a Covid aponta uma alta proteção contra a doença após as duas doses. O monitoramento foi feito pelo grupo Vebra Covid-19, com pesquisadores de instituições nacionais e internacionais.

 

A taxa de efetividade, ou seja, fora de estudos clínicos, 14 dias após a segunda dose é de 77,9% para casos sintomáticos, 87,6% para hospitalizações e 93,6% para mortes. Segundo o jornal O Globo, os números foram analisados em um momento de alta circulação da variante Gama (P.1), descoberta em Manaus (AM).

 

As taxas são superiores ao observado no período de 28 dias após a primeira dose, em que a eficiência para casos sintomáticos é de 33,4%, 55,1% para hospitalizações e 61,8% para mortes. Esses índices mostram que a aplicação da duas etapas eleva a potência de proteção do imunizante em mais de 30 pontos percentuais, quando considera-se os óbitos.

 

A análise, ainda sem revisão por pares independentes, analisou os dados de 61.164 paulistas e a performance da vacina entre 17 de janeiro e 2 de julho. "O estudo mostra que é necessário o esquema vacinal completo para chegarmos a quase 94% de proteção para mortes na população idosa. É uma proteção maravilhosa", diz o pesquisador Julio Croda, da Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

 

O estudo de efetividade é feito pelo cruzamento de diversos bancos de dados. Há, entre eles, os que guardam resultados de testes RT-PCR — moleculares mais confiáveis para a Covid-19 — e o cadastro de vacinados no território paulista. O modelo é baseado em orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para estudos do tipo, que buscam compreender o impacto da vacina no mundo real.

 

O grupo Vebra também apresentou novos dados para uma pesquisa que avaliou o uso da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan, diante da alta prevalência da variante de Manaus. O estudo levou em conta pessoas acima dos 70 anos em São Paulo. A efetividade encontrada 14 dias após a aplicação das duas doses é de 41,6% em casos sintomáticos, 59% para hospitalizações e 71,4% para mortes.

 

Entre 70 a 74 anos os resultados são ainda mais positivos. A proteção de casos sintomáticos é de 61,8%, em hospitalizações 80,1% e 86% para óbitos. Já no grupo a partir dos 80 anos, há queda da proteção: a efetividade em casos sintomáticos é de 28%, 43,4% em hospitalizações e 49,9% em mortes.