Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/
Saúde

Notícia

Apesar de aprovação emergencial de vacinas, Brasil pode sofrer com falta de insumos

Apesar de aprovação emergencial de vacinas, Brasil pode sofrer com falta de insumos
Foto: Divulgação

Apesar da aprovação do uso emergencial das vacinas do Instituto Butantan (CoronaVac) e da Fiocruz (Oxford/AstraZeneca), o Brasil ainda precisa lidar com o problema da quantidade de insumos para produzir as doses necessárias para vacinar a população.

 

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o estoque de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que é o princípio ativo da CoronaVac, só vai permitir, em São Paulo, a formulação de doses até o fim de janeiro.

 

Enquanto isso, as doses da vacina da AstraZeneca/Oxford nem começaram a ser entregues no Rio de Janeiro. Neste domingo (17), logo após a aprovação do uso emergencial das duas vacinas, a aplicação da CoronaVac teve início em São Paulo. Em outros estados, o Plano Nacional de Imunização (PNI) deve começar hoje, após o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ser pressionado para isso.

 

Ainda segundo a Folha, o Butantan possui, atualmente, 6 milhões de doses da CoronaVac. Dessas, 1,5 milhão ainda precisam ser rotuladas. Os insumos que lá estão possibilitam a produção de mais 4,8 milhões de doses até o dia 31 de janeiro. Entretanto, a questão é o que vai ocorrer depois disso, já que a última remessa de insumos chegou ao Brasil na virada do ano, e ainda não há previsão de quando uma nova virá.

 

No acordo entre o governo de São Paulo e a Sinovac, que fabrica a CoronaVac, tem previsto que 46 milhões de doses deverão ser fornecidas até o final de abril. Há ainda a possibilidade de negociar a vinda de mais 15 milhões e a transferência de tecnologia para a fabricação do IFA no Brasil.

 

Cerca de 11 mil litros desses ingredientes deveriam chegar ao Brasil neste mês, o que proporcionaria o desenvolvimento de 18,3 milhões de doses. Contudo, a carga está parada no aeroporto de Pequim.

 

Diplomatas e o escritório de São Paulo em Xangai lidam com a negociação para que ela seja liberada. Há a expectativa de que a carga seja dividida em dois.

 

Enquanto isso, a Fiocruz ainda espera a primeira remessa de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford. Ao todo, 1 milhão de doses eram esperadas para dezembro, e depois para 12 de janeiro, mas elas ainda não chegaram.

 

O contrato com a farmacêutica prevê a aquisição de 100,4 milhões de doses e a transferência da tecnologia do IFA, com pagamento de R$ 1,9 bilhão do governo federal.

 

Na Fiocruz, a situação é desalentadora. A fundação também tem um contrato, para a aquisição de 100,4 milhões de doses e com transferência de tecnologia do IFA, da vacina de Oxford. O governo federal se comprometeu a pagar R$ 1,9 bilhão. O total deve chegar ao Brasil até abril.

 

Atualmente, 35% dos insumos farmacêuticos usados no Brasil são produzidos pela China, enquanto 73% têm procedência da Índia, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.