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Do diagnóstico à recidiva, marcadores tumorais auxiliam no tratamento do câncer

Por Jade Coelho

Do diagnóstico à recidiva, marcadores tumorais auxiliam no tratamento do câncer
Foto: Reprodução/Banco da Saúde

Exames de laboratório têm adquirido importância progressivamente maior para diagnósticos e acompanhamento dos pacientes, e a tecnologia tem aperfeiçoado métodos e, consequentemente, o tratamento de doenças como o câncer. A explicação vem do farmacêutico bioquímico Claudio Brandão que atua há 30 anos na área.

 

“A tecnologia tem trabalhado para dar nova roupagem a exames tradicionais. Eles têm ganhado em precocidade e também melhorado a capacidade de acertar o diagnóstico. Tem estatísticas que indicam que mais de 70% das decisões médicas são baseados em exames de apoio”, explicou Brandão, que ainda citou o hemograma como exemplo. “O hemograma é um exame que não aponta para doença nenhuma, mas ele separa muito bem populações saudáveis de populações doentes”, alertou.

 

Entre os avanços que fortalecem e agregam às possibilidades de diagnóstico de doenças, principalmente dos cânceres, estão os marcadores tumorais. Claudio Brandão explica que eles são substâncias, proteínas e hormônios, que de acordo com os níveis detectados pelos exames de sangue podem indicar a existência de tumores. “Essas substâncias são produzidas normalmente pelo organismo, são comuns, ocorre que muitas vezes um tecido maligno se diferencia e ele começa a sintetizar uma quantidade maior dessas proteínas, e é a elevação que sinaliza ao médico o desenvolvimento de tumor em determinado tecido”, esclarece o especialista.

 

Os marcadores também permitem que os médicos acompanhem o tratamento de tumores. “Eles possibilitam diagnósticos, acompanhamento e indicação de recidivas”, assegurou Brandão. Para isso, a tecnologia conta com indicadores de alta especificidade e sensibilidade. Em relação à especificidade, o profissional explica que os marcadores deste tipo sozinhos apontam a doença. Quanto aos marcadores de sensibilidade apontam elevações e se levantam suspeitas sobre tumores.

 

Nesta semana, a falta de acesso aos exames do câncer de mama foi apontada pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) como o grande problema para o diagnóstico precoce da doença (leia mais aqui). Nesse sentido, os exames e marcadores tumorais podem contribuir, conforme ressalta o farmacêutico.

 

Claudio alerta que os pedidos desses exames devem partir de médicos. Eles não devem ser usados pelos pacientes para autodiagnóstico. “Assim como não se recomenda a automedicação, a gente também não recomenda o pedido de exames com marcadores tumorais”, afirmou Brandão, sob justificativa de que o paciente pode ser leigo, não interpretar adequadamente os exames e se desestabilizar emocionalmente.

 

“O médico vai receber o paciente e analisar os sintomas. O que mostrará para o médico a necessidade dessa solicitação são os sinais que ele vai detectar a partir do que o paciente traz. Só um profissional tem habilitação e conhecimento para fazer esse tipo de abordagem”, orientou Brandão.