Brasileira doa mais de R$ 100 milhões para pesquisas sobre síndrome de Down nos EUA
Uma empresária brasileira doou, na última quarta-feira (20), US$ 28,6 milhões (mais de R$ 100 milhões) ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA. O recurso deve ser usado para desenvolvimento de pesquisas sobre síndrome de Down.
Ana Lúcia Villela passou a ter interesse sobre a síndrome após o nascimento de sua filha Ísis, de seis anos, diagnosticada com a alteração genética. A empresária é acionista do banco Itaú, sócia da produtora Maria Farinha Filmes e fundadora do Instituto Alana, que estimula o desenvolvimento saudável de crianças.
“Logo após recebermos a notícia, no momento zero, já começamos a pensar no incentivo à pesquisa. Essa doação ao MIT dá tranquilidade financeira aos estudos sobre o tema”, explicou Marcos Nisti, CEO do Instituto Alana e marido de Ana Lúcia. “Escolhemos essa universidade porque é multidisciplinar: foca na troca de conhecimentos de engenharia, computação, genética e neurociência”, completou, em entrevista ao G1.
Com o recurso, deve ser criado o Alana Down Syndrome Center, que reunirá profissionais de diferentes disciplinas para pesquisas. A equipe será liderada por Angelika Amon, especialista em instabilidade cromossômica; e Li-Huei Tsai, estudiosa de doenças degenerativas, como Alzheimer.
Haverá ainda um programa de tecnologia para desenvolvimento de mecanismos que aumentem a qualidade de vida de pessoas com deficiência. Há também a intenção de criar bolsas de estudo de pós-doutorado sobre a síndrome de Down.