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Estudo diz que elevar preço de doces, bebidas e tabaco pode frear doenças em pobres

Estudo diz que elevar preço de doces, bebidas e tabaco pode frear doenças em pobres
Foto: William Daniels / The News York Times

Aumentar o preço de chocolates, refrigerantes e cigarros pode ser uma solução benéfica para frear doenças crônicas, como a diabetes, na população mais pobre. Pelo menos é o que aponta um relatório lançado na última quarta-feira (4) cuja conclusão é a de que aumentar os impostos em alimentos não saudáveis, bebidas açucaradas e alcoólicas pode trazer benefícios para a população em geral, mas principalmente para pessoas com menor renda. De acordo com o estudo, a população com menor poder de compra acaba sofrendo mais com doenças cardiovasculares, obesidade e problemas crônicos não transmissíveis, como a diabetes. A pesquisa afirma que, como pessoas pobres proporcionalmente gastam mais com alimentação do que os mais ricos, impostos sobre o consumo podem levar à diminuição da compras dos produtos taxados. O publicado na revista científica Lancet analisou os dados disponíveis em 13 países sobre os efeitos de impostos nas doenças crônicas. As localidades tinham dados socioeconômicos diferentes. Dessa forma, os pesquisadores puderam verificar se a hipótese de que mais taxas nesses produtos teriam um impacto maior ou desproporcional sobre a população mais pobre. As análises concluíram que, em geral, há mais benefícios de saúde a longo prazo do que prejuízo. Mas, para isso ocorrer, três elementos precisam ser levados em consideração, de acordo com Paulo de Azevedo, professor e coordenador do centro de estudos em negócios do Insper, ao jornal Folha de SP: quão essencial é o produto, se há algum substituto para ele e o peso que ele tem no orçamento. Dependendo da combinação entre esses elementos, o imposto sobre produtos pode incentivar ou inibir o consumo. Uma sobretaxa de 10% sobre bebidas açucaradas no México, em vigor desde 2014, é citada no estudo como bom exemplo. Em dois anos, houve uma queda de 14% na venda dos produtos no país. O declínio ainda foi mais acentuado na população mais humilde. Ao mesmo tempo, outras bebidas consideradas boas para a saúde, principalmente água, tiveram aumento de vendas.