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Jovem comemora diploma em faculdade após caso difícil de leucemia: 'Foi uma superação'

Jovem comemora diploma em faculdade após caso difícil de leucemia: 'Foi uma superação'
Foto: Reprodução/ G1

O estudante Joilson Bentes Filhos, 25 anos, está comemorando sua formatura no curso de engenharia mecânica. E com razão a mais. O jovem não só descobriu que tinha leucemia no meio do curso na Universidade Estadual de Manaus, como durante o tratamento no Hospital Amaral Carvalho em Jaú (SP), encontrou dois doadores compatíveis no banco de doadores de medula óssea, algo que tem probabilidade de 1 em 100 mil de acontecer, porém os transplantes não puderam ser realizados. "No primeiro caso o doador desistiu e na segunda vez, quando estávamos fazendo todos os exames para o procedimento a doadora descobriu que estava grávida”, conta Joilson ao G1. No hospital, os médicos decidiram fazer um transplante chamado haplo, que é quando o doador e o paciente não são totalmente compatíveis, mas existe a possibilidade da doação. A mãe de Joilson, Maria Auxiliadora Faria de Brito, foi a doadora da medula óssea. O transplante foi realizado em 2015.  “Nós optamos por esse procedimento porque o Joilson tinha um tipo de leucemia muito diferente dos padrões habituais, com muitas implicações e bastante agressiva, e não podíamos perder o 'timing' do transplante. Havia essa urgência, por isso optamos pelo transplante haplo”, explica o médico do Serviço de Transplantes de Medula Óssea do Hospital Amaral Carvalho, Mair Pedro de Souza. Entretanto, após o transplante, medula dele parou de funcionar, ficou com apenas 23% da capacidade de funcionamento e ele passou a fazer transfusões de sangue diárias. “Chegou um momento em que os médicos disseram que já tinham feito tudo o que poderia ser feito e tinham usado todos os recursos disponíveis. Perguntaram-me se eu queria voltar para Manaus e terminar meus dias lá, mas eu disse que queria ficar. Em nenhum momento eu deixei de acreditar na minha cura”, lembra.  Em 2016, foi submetido ao procedimento raro que utiliza células-tronco, novamente tendo a mãe como doadora. “Em nenhum momento eu pensei em abandonar a faculdade, falei para os meus professores sobre o tratamento e não queria parar de estudar, queria algo para ocupar a minha mente, então eu fazia duas, três matérias por período. E depois do transplante eu fui com tudo, para terminar as matérias e fazer estágio. Ter conseguido concluir o curso para mim foi uma superação".  Atualmente, faz o acompanhamento e volta no hospital a cada cinco meses.