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Com amostras de pacientes, pesquisadores descobrem 'impressão digital' do Zika vírus

Com amostras de pacientes, pesquisadores descobrem 'impressão digital' do Zika vírus
Foto: Reprodução/ O Globo
O grupo de pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociência (LNB), de Campinas (SP), identificou a "impressão digital" do Zika vírus. Oriundas de pacientes infectados em Pernambuco, as amostras para a pesquisa foram fornecidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Com a participação de 20 pesquisadores, os estudos fazem parte da força-tarefa nacional determinada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia contra a epidemia de doenças relacionadas ao Aedes aegypti. A partir do mapeamento genético do vírus, os pesquisadores visualizaram a estrutura molecular do vírus da zika. O objetivo era compreender como eram os mecanismos da infecção e de que forma eles interagiam com as células humanas. Com os avanços, os pesquisadores descobriram que o vírus da zika tem uma camada externa, também conhecida como envelope, que é formada por um conjunto de proteínas que se agrupam na superfície. Assim, ela ganha um formato mais esférico, onde se encontra a impressão digital do vírus. É o pedaço de uma dessas proteínas que entra em contato com as células do organismo humano, que reconhecem e identificam o vírus. O sistema imunológico, por sua vez, lê a assinatura e cria anticorpos contra ela. Comparadas com as do vírus da dengue, febre amarela e encefalite japonesa, as estruturas das proteínas se mostraram mais semelhantes à dengue tipo1. "É a estrutura que revela a identidade desse vírus para o organismo humano", explicou o diretor do laboratório, Kléber Franchini, ao G1 São Paulo. Além de contribuir para o desenvolvimento de ferramentas para diagnósticos mais eficientes, esses estudos abrem novas possibilidades para a criação de vacina e anticorpos contra o vírus da zika. "A importância dessa pesquisa é que com ela você pode desenvolver moléculas que possam interferir na ação do vírus no corpo humano", ressaltou. Agora, o grupo deve passar a informação para outras instituições que possam produzir insumos para a prevenção e tratamento da doença.