Estudo diz que mutações genéticas podem impedir corpo de combater infecções
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Um estudo de cientistas brasileiros considera que mutações genéticas podem impedir infecções. De acordo com pesquisa apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com o Instituto National da Saúde e da Pesquisa Médica (Inserm) da França, nove diferentes mutações genéticas podem impedir o sistema imunológico de combater infecções causadas por microbactérias (bactérias em forma de bastonetes retos ou encurvados), entre as quais a tuberculose e a hanseníase. "Entendendo o mecanismo, conseguiremos tentar novas alternativas terapêuticas. A tuberculose é uma doença endêmica ainda muito prevalente no mundo, para cujo tratamento os medicamentos que existem são muito limitados. São antigos e limitados", informa o professor do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo(USP), e coordenador do estudo, Antonio Condino Neto. Na experiência, os cientistas já identificaram que mutações nos genes prejudicam o funcionamento do sistema de defesa do organismo contra microbactérias. Algumas mutações, por exemplo, desestabilizam o sistema NADPH oxidase, responsável pela atividade microbicida dentro dos macrófagos – células com o poder de englobar e destruir corpos estranhos, como bactérias. Desse modo, portadores da mutação perdem a capacidade de combater as infecções. Informações da Folha.