Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/

Coluna

Viver Bem: A importância do acompanhamento médico na prevenção do parto prematuro

Viver Bem: A importância do acompanhamento médico na prevenção do parto prematuro
Foto: Unsplash

A notícia da morte do filho do humorista Whindersson Nunes, João Miguel, nascido de parto prematuro com 22 semanas, no início deste mês, sensibilizou todo o Brasil (veja aqui e aqui). De acordo com os dados do Sistema de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, 55% dos óbitos infantis poderiam ser impedidos por meio do cuidado apropriado à gestação, parto e recém-nascido. Para a obstetra do Hospital Tereza de Lisieux, do Sistema Hapvida, Dra. Viviane Santiago, a melhor maneira de se evitar um nascimento antes da idade gestacional adequada, entre 40 e 41 semanas, é realizando um pré-natal regular e de qualidade, para corrigir tudo que for necessário durante a gravidez, e evitar qualquer tipo de complicação, tanto para mãe, quanto para o bebê.

 

"O ideal é que assim que a mulher descobrir a gestação se inicie logo o acompanhamento médico contínuo, para fazer todos os exames necessários e seguir as orientações do especialista. Inicialmente essa visita deve acontecer uma vez ao mês, mas caso seja detectado algum tipo de risco damos a assistência num intervalo menor", ressalta a profissional, que ainda destaca as pacientes hipertensas e com diabetes como as mais propensas a desenvolver complicações durante o período gestacional. 

 

Entretanto, conforme a especialista, a infecção urinária é a principal causa da prematuridade, por isso, a obstetra reforça a importância do pré-natal, para o rastreamento e correção de tudo que for surgindo. "No caso da infecção, algumas bactérias são bastante resistentes aos antibióticos, sendo assim é necessário fazer um exame de controle para saber a eficácia do tratamento. Fazemos tudo que está disponível na medicina para salvar o máximo de vidas que pudermos", esclarece.

 

Riscos da prematuridade

Todos os bebês que vêm ao mundo de forma prematura precisam de cuidados especiais em UTI Neonatal para assegurar a sua sobrevivência. Segundo a Dra. Viviane, o nascimento prematuro apresenta duas fases: o extremo e o tardio. O primeiro acontece entre 22 e 28 semanas, e as chances do bebê resistir são mínimas. "É um neném muito pequenininho, frágil, que pesa em torno de 500 a 600 gramas. Certamente, ele vai estar sujeito a várias intervenções e cuidados intensivos na UTI para ganhar força. É uma criança que vai precisar lutar para viver", revela a obstetra.

 

Já aqueles bebês que nascem entre 28 e 36 semanas, por estarem mais maduros, com um pulmão mais forte,  conseguem ter uma resposta melhor e mais rápida. "Ainda assim são crianças que, por ficarem muito tempo dentro da UTI, estão submetidas a infecções e a problemas pulmonares", afirma a médica. 

 

Para a especialista, um parto antes do tempo correto pode provocar dificuldades de desenvolvimento durante toda vida, dentre elas destacam-se: complicações na audição, no desenvolvimento neuropsicomotor, cardíacas e respiratórias. Diante a isso, mesmo após receber alta do hospital, o acompanhamento médico regular, a fisioterapia e outros tipos de tratamentos ocupacionais são fundamentais para garantir a manutenção da saúde e qualidade de vida da criança. A Dra. Viviane ainda faz um alerta para o atual cenário de pandemia. "Temos visto muitas complicações decorrentes da Covid-19, então é preciso ter muito cuidado, porque um bebê que já nasce prematuro, tem muita chance de ter uma complicação pulmonar, e se ele contrair o coronavírus há uma alta possibilidade dele vir a óbito", pondera.