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Viver Bem: Como anda a saúde do seu coração na pandemia?

Viver Bem: Como anda a saúde do seu coração na pandemia?
Foto: Pixabay

Devido à pandemia do coronavírus, as medidas de isolamento social e a necessidade de ficar em casa, muitas pessoas deixaram de lado os exercícios físicos, consequentemente contribuindo para o aumento do número de sedentários, e dos problemas associados à saúde do coração. De acordo com uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a inatividade teve um crescimento de 50% durante a pandemia, além de ser a responsável por cerca de 9% da mortalidade anual, resultando em torno de cinco milhões de mortes por ano no mundo.

 

O cardiologista do Sistema Hapvida, Dr. Railton Cordeiro, ressalta que as mortes de ordem cardiovascular estão em primeiro lugar no Brasil, acima, inclusive, do câncer. Dentre as doenças do coração mais comuns e recorrentes estão: a hipertensão, insuficiência cardíaca, infarto, arritmia cardíaca e aneurismas da aorta abdominal. Segundo o especialista, por conta do surto da Covid-19, muitos pacientes cardiopatas abandonaram o acompanhamento médico e passaram a se preservar, não saindo de casa. No entanto, essa prática associada a um estilo de vida sedentário e aos maus hábitos alimentares pode levar a uma piora do seu estado clínico e até mesmo a óbito. 

 

Além da falta de atividade física e de uma boa alimentação, os problemas cardiovasculares também podem ser gerados pelo consumo exagerado de álcool, tabaco e excesso de peso. “Apesar do acesso à informação e às orientações médicas cada vez mais frequentes, todo semestre temos um aumento do número de pacientes com sobrepeso e obesos, além do diagnóstico de hipertensão ou insuficiência cardíaca a pacientes adultos jovens. Há uns 15 anos, a faixa etária de pessoas acometidas por doenças cardiovasculares era de 50 a 69 anos. Hoje, estamos entre os 40 e 60 anos, a maioria do gênero masculino”, afirma o médico. O especialista orienta que é preciso estar atento a esses fatores que podem ser modificáveis e sempre que possível consultar periodicamente um nutricionista ou nutrólogo de confiança.   

 

Um dos pontos defendidos pelo cardiologista, para aqueles que desejam driblar o sedentarismo durante a pandemia é deixar o coração saudável, sem se expor ao coronavírus em academias ou ambientes públicos, é recorrer à prática de exercícios físicos dentro de casa, com o auxílio de aplicativos e programas voltados para a saúde e bem-estar. “Vale ressaltar que os pacientes que não estão acostumados a fazer atividade física devem procurar um médico e solicitar seus exames básicos. Ainda que seja algo leve, tem que ter os devidos cuidados”, explica Cordeiro, que ainda reforça a importância da atividade física regular para uma melhor qualidade de vida.

 

“Ao se exercitar liberamos alguns hormônios que além de propiciar a queima do tecido adiposo, também promovem a sensação de bem-estar, melhoram o metabolismo, mexem com o emocional e dão mais disposição. Você começa a se sentir melhor em todos os aspectos. Para que a atividade, de fato, atinja a efetividade no seu corpo, aconselhamos 300 minutos por semana de prática regular”, conclui.