Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/

Coluna

Casos de Covid-19 em crianças estão associados à síndrome inflamatória multissistêmica

Casos de Covid-19 em crianças estão associados à síndrome inflamatória multissistêmica
Foto: Divulgação

Os casos de Covid-19 voltaram a crescer no Brasil, e, na Bahia, o cenário não tem sido diferente. Apesar do registro de crianças infectadas pela doença ser menor do que em adultos, os pais têm ficado em alerta, sobretudo, acerca da síndrome inflamatória multissistêmica - condição rara que afeta as veias e artérias -  que acomete os pequenos após serem contaminados pelo coronavírus. O coordenador do setor de pediatria do Hospital Francisca de Sande, do Sistema Hapvida, Marcus Vinicius, explica que essa tem sido a principal causa de óbitos associado ao vírus, no público da faixa etária pediátrica. "A disfunção não acontece no momento do quadro agudo da covid, geralmente, ela aparece um mês depois da infecção e pode atingir os sistemas gastrointestinal, respiratório, neurológico, renal e cardíaco", relata. 

 

Embora o coronavírus acometa de forma menos severa as crianças, devido ao sistema imunológico estar ainda em formação e não desencadear uma resposta inflamatória exagerada do organismo, os pais devem estar atentos aos pequenos que apresentam quadros de febre, tosse, diarreia, dificuldade de respirar e dor de cabeça. "Ao surgir esses sintomas, a criança deve ser levada imediatamente ao hospital", alerta o Dr. Marcus. 

 

Para reduzir os riscos de infecção da criançada, os pais e responsáveis devem continuar adotando os cuidados diários pessoais e no ambiente residencial, tais como higienizar as maçanetas das portas e mesas, com água e sabão e depois desinfectar com álcool 70% ou hipoclorito, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os ambientes bem ventilados e cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir, são simples medidas que ajudam a conter a proliferação da doença. "Sei que com a garotada é meio complicado essa ideia de manter os cuidados de higiene, mas, na medida do possível, precisamos fazer com que elas entendam a importância de evitar tocar com as mãos no rosto, boca e olho", orienta o especialista.

 

O Dr. Marcus Vinicius ainda faz um alerta para as mães de recém-nascidos, que porventura tenham adquirido a covid-19 e estão em dúvida quanto ao aleitamento materno. "Não existe nenhuma contraindicação, ao contrário, os órgãos de saúde recomendam a manutenção da amamentação. Pedimos apenas cautela para os cuidados habituais, como o uso de máscara e limpeza das mãos com frequência", afirma o médico.