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Paciente em primeiro lugar

Por Tarcyo Bonfim

Paciente em primeiro lugar
Foto: Divulgação

Ganhando espaço no mercado brasileiro há aproximadamente duas décadas, a prática da desospitalização envolve ações para prevenir e promover a saúde, reabilitando o paciente para sua rotina, realizando tratamento de doenças, tudo desenvolvido em seu próprio lar. Assim, diminuindo riscos e danos ao paciente, refletindo na melhoria da qualidade do cuidado prestado nos serviços de saúde do país. 

 

Uma das práticas importantes para o maior conforto e bem-estar dos pacientes é a desospitalização, uma maneira mais humanizada de prosseguir o tratamento fora do hospital para quem precisa de cuidados especiais. Essa prática tende a fazer com que a recuperação seja ser mais rápida, tendo em vista que é elaborado um projeto de desospitalização, com estratégias e manobras consideradas essenciais para que a sua saúde não seja agravada. 

 

O atendimento domiciliar realizado por um profissional auxilia na diminuição do risco de contaminação e agravamento do quadro, busca a recuperação e reabilitação do paciente, além da promoção da saúde e prevenção de doenças. O home care é dividido em atenção e assistência domiciliar. A atenção envolve ações para prevenir e promover a saúde, reabilitando o paciente para sua rotina, realizando tratamento de doenças, tudo desenvolvido em seu próprio lar. 

 

Já a assistência é o conjunto de atividades programadas em caráter ambulatorial e desenvolvidas em domicílio, quando o paciente precisa de intervenções de procedimentos específicos, como realização de curativos complexos, aspiração, entre outros. Atendê-lo em sua própria casa gera conforto, privacidade e aumenta a satisfação do paciente, livrando-o de deslocamentos incômodos e rotinas estressantes em ambiente hospitalar.  

 

Importante lembrar que o profissional responsável pelo home care coordena os planos de cuidado domiciliar e promove a humanização no tratamento, possibilitando um contato maior entre o paciente e a família, permitindo que ela possa acompanhar de forma ampla e participativa na recuperação do paciente. Essa interação propicia analisar melhor os fatores que influenciam o estado do paciente e a maneira como ele será assistido. 

 

Segundo o IBGE, o número de idosos cresceu 18% no Brasil em 2018. A estimativa é que, em 2030, o país tenha a 5ª população mais idosa do mundo, sendo que, em 2050, ela deverá ser composta por 2 bilhões de pessoas.  Esses números por si só demonstram a importância de repensar o formato de internação, oferecendo um olhar mais humanizado dentro das clínicas visando a ampliação do bem-estar e oferecendo uma maior qualidade de vida. 

 

Os maiores beneficiados da atenção domiciliar à saúde são sempre os pacientes e seus familiares, porque o cuidado passará a ser individualizado, humanizado, distante dos riscos iatrogênicos, pertinentes ao contexto hospitalar e, acima de tudo, contará com a participação do principal cuidador: o familiar. 

 

*Tarcyo Bonfim é médico e Diretor Assistencial da Assiste Vida 

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias