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A importância do acolhimento às crianças na volta às aulas após o isolamento social

Por Renata de Castro Lima

A importância do acolhimento às crianças na volta às aulas após o isolamento social
Foto: Arquivo Pessoal

Faltando pouco mais de quinze dias para o retorno presencial das aulas nas escolas públicas e privadas baianas, pais e professores compartilham da preocupação de que o isolamento social prolongado e as aulas online trouxeram consequências para a saúde mental e a socialização de crianças e adolescentes. A escola age como um local de acolhimento e proteção da infância. O acolhimento aqui, deve ser compreendido como uma metodologia de trabalho, de respeito às diferenças, à essa criança que precisa de um local onde é visto e ouvido.

 

A criança possui, naturalmente, necessidade de socialização. A escola é o local onde ela pode estar em liberdade com os seus pares. Na pandemia, com a quebra desse contato diário e a restrição de espaço físico, do movimento corporal, o excesso de exposição à tela e excesso de vigilância do adulto-pai (que é diferente do educador), pode desencadear algumas consequências para a saúde mental dessa criança. A aula online, apesar de tentar manter o vínculo entre os colegas e professores, não conseguiu manter a convivência e a rotina que somente o dia-a-dia escolar oferece. 


Alguns pontos da socialização que podem ter sido prejudicados são o saber se apresentar aos novos colegas, se posicionar e demonstrar interesse às novas descobertas. Se para um adulto já é difícil lidar com todas essas mudanças, para uma criança, que ainda está aprendendo a entender os sentimentos, é muito mais. É preciso que exista um acolhimento e fazer com que ela se sinta segura na escola.


É também no ambiente escolar que a criança aprende sobre regras de convivência, empatia, respeito e demais habilidades importantes para viver em sociedade. Brincar, ouvir, olhar, compreender a necessidade de cada um, é a missão dos educadores. É preciso entender que crianças são indivíduos em formação e também precisam ter suas necessidades respeitadas.  

 

*Renata de Castro Lima é Neuropsicóloga e Psicóloga Escolar e Educacional da Escola Villa Criar.

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias