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Saúde íntima no Verão: uso prolongado de biquíni molhado pode provocar candidíase

Por Alexandre Amaral

Saúde íntima no Verão: uso prolongado de biquíni molhado pode provocar candidíase
Foto: Arquivo pessoal

Sol, praia e piscina. Se você é uma daquelas pessoas que aproveitam o calor para passar o dia todo com o biquíni molhado, cuidado. O verão é a época em que as mulheres mais procuram os consultórios dos ginecologistas em razão de doenças causadas pela proliferação de fungos nas partes íntimas responsáveis por corrimentos e irritação.

 

A junção da umidade da roupa e da temperatura mais alta em contato com a pele também pode causar um problema muito comum no verão: a candidíase. Causada pelo crescimento do fungo Candida albicans, que prefere lugares úmidos, a candidíase tem como sintomas: coceira intensa, vermelhidão e inchaço na região genital, placas esbranquiçadas na vagina, corrimento esbranquiçado com grumos, dor ou queimação ao urinar e, ainda, desconforto ou dor durante o contato íntimo.

 

Para se proteger, o ideal é vestir roupas secas assim que sair dos banhos de mar ou piscina. Recomenda-se também evitar alimentos ricos em açúcares e carboidratos em excesso e nunca compartilhar sabonetes, peças íntimas e toalhas, além de usar roupas de tecidos leves, como as feitas de algodão, evitando látex, lycra e peças muito justas para não abafar a área.

 

O tratamento da candidíase pode ser feito com medicações, tanto via oral quanto local, indicados por um ginecologista. Além disso, durante o período de tratamento, a mulher não deve ter relações sexuais. É muito importante não se automedicar quando a candidíase aparece, pois apesar de ter sintomas muito característicos, pode se tratar de um outro tipo de infecção. Além disso, o medicamento mal administrado pode desequilibrar a flora vaginal e causar uma vaginose bacteriana ou ainda, uma resistência do fungo ao tratamento, ocasionando a candidíase de repetição.

 

A candidíase de repetição ocorre quando a mulher tem quatro ou mais episódios da infecção durante um ano. Nesses casos, o tratamento para a candidíase de repetição costuma ir além dos medicamentos tradicionais e deve envolver a redução dos fatores de risco com a mudança de alguns hábitos na rotina da paciente, como uma alimentação mais saudável. Uma alternativa com alta eficácia a longo prazo é a utilização do Led vaginal, que combate a cândida e tem ação antiinflamatória, deixando a mucosa vaginal mais lubrificada, equilibrada e resistente a infecções.

 

Para aproveitar bem o verão, é fundamental realizar exames preventivos regularmente com um check-up ginecológico completo, para garantir a saúde e o bem-estar da mulher. Assim, é possível tratar as doenças antes que elas se tornem um problema mais grave.

 

*Alexandre Amaral é ginecologista e obstetra, especializado em cirurgia ginecológica minimamente invasiva e membro do Núcleo de Endometriose e Fertilidade, em Salvador

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias