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Pandemia: falta de água potável prejudica pessoas de baixa renda de lavarem as mãos

Por Claudilson Bastos

Pandemia: falta de água potável prejudica pessoas de baixa renda de lavarem as mãos
Foto: Acervo Pessoal

A água potável é um dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal de 1988. Apesar do documento, quase 35 milhões de brasileiros não têm acesso ao serviço, segundo o Instituto Trata Brasil. Ao redor do mundo os números impressionam: quase metade da população do planeta - 3 bilhões de pessoas - não têm acesso a um lavatório com água e sabão em casa. A maior parte destes indivíduos estão em países mais pobres ou em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. O dado é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

 

Além disso, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil vive a pior crise hídrica registrada nos últimos 91 anos, com escassez de chuvas, reservatórios em níveis baixos e maior demanda por energia em razão da reativação da economia para patamares pré-pandemia em vários setores. Este panorama deve perdurar ao longo dos próximos anos, segundo especialistas.

 

O cenário se mostra ainda mais preocupante em tempos de pandemia, quando a higienização, principalmente das mãos, é fundamental para prevenir a contaminação por Covid-19, além de outras doenças infecciosas.

 

A lavagem das mãos é fundamental para a saúde, pois remove parte das bactérias e vírus com os quais temos contato ao longo do dia. Esses patógenos vêm das superfícies em que a pessoa toca e, ao lavar as mãos, há grandes chances de irem embora com a água. O ato é tão importante que ganhou uma data especial: 15 de outubro, “Dia Mundial de Lavar as Mãos”. A campanha visa conscientizar a população do planeta sobre a importância da limpeza constante dessa parte do corpo.

 

Em se tratando do panorama regional, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), 18,4% da população da Bahia não tem abastecimento de água potável. Para essa parcela da população, a higienização das mãos pode acabar ficando prejudicada, comprometendo a saúde do indivíduo como um todo.

 

É preciso ter atenção à qualidade da água utilizada para a higienização das mãos. É fundamental usar água potável. Caso contrário, o próprio mineral poderá trazer microrganismos indesejados. Se caso não tiver acesso a água potável use sabão ou detergente – como outra alternativa, a mais conhecida é o álcool gel 70%.

 

Para a limpeza correta das mãos é preciso passar sabonete/sabão com água; esfregar as palmas e as pontas dos dedos; esfregar os dedos de uma mão contra os de outra, depois os polegares individualmente; lavar o dorso e os punhos e por fim, secar com toalha limpa.

 

*Claudilson Bastos é médico infectologista e responsável técnico do serviço de imunização do Sabin Medicina Diagnóstica

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias