Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/

Artigo

Seus avós assistem televisão em volume alto? Atenção, pode ser um indicativo de perda auditiva

Por Marcos Juncal

Seus avós assistem televisão em volume alto? Atenção, pode ser um indicativo de perda auditiva
Foto: Divulgação

Se os seus avós têm dificuldade de compreensão, não ouvem a campainha tocar, assistem televisão em volume alto e pedem para as pessoas falarem mais devagar e com clareza, você precisa ligar o sinal de alerta. Isso porque esses são alguns indicativos de perda auditiva ou surdez. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 15 milhões de brasileiros têm algum grau de deficiência auditiva.


O envelhecimento é a causa mais comum do problema, uma vez que, com o passar do tempo, geralmente a partir dos 50 anos de idade, o indivíduo passa naturalmente por um processo degenerativo na audição. Ou seja, a pessoa não consegue ouvir com a mesma perfeição de quando tinha 20 anos, devido à morte de células auditivas.


Além disso, também são causas: as hereditárias, as infecciosas (otites, meningites, rubéolas etc), as traumáticas e as doenças sistêmicas, como diabetes, pressão alta, lúpus e artrite. Consideramos que um ser humano com audição saudável escuta até 25 dB em todas as frequências. Ultrapassando esse limite, nota-se algum grau de perda auditiva, podendo ser leve, moderada, severa ou profunda. Esse diagnóstico só pode ser dado após uma consulta com o otorrinolaringologista e um exame de confirmação chamado audiometria.


Então, a primeira dica é não hesitar em procurar ajuda médica. O maior erro do ser humano é achar que é comum o idoso não ouvir. Se há uma dificuldade de compreensão, isso está impactando a vida da pessoa negativamente, é fundamental buscar atendimento médico imediato. Afinal, quanto antes iniciar o tratamento, maiores são as chances de recuperação da audição.


Os tratamentos vão desde aparelhos auditivos convencionais e próteses, às cirurgias de implante coclear, também chamado de “ouvido biônico”. Esse último trata-se de um dispositivo eletrônico, implantado próximo à orelha e que possibilita a captação de som.


É de extrema importância o envolvimento da família durante o tratamento, sobretudo na adaptação aos aparelhos. Essa jornada de troca de pilha, limpeza e manuseio do aparelho não pode ser solitária. Muitos idosos costumam abandonar o tratamento pela dificuldade de adaptação. Portanto, além do médico, é preciso haver um engajamento familiar, de modo que, juntos, possam proporcionar mais saúde, felicidade e qualidade de vida ao idoso.

 

*Marcos Juncal é Presidente da Associação Baiana de Otorrinolaringologia, Otorrinolaringologista Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF desde 2001, Mestre em Otorrinolaringologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, Clinical Fellow do Ear House Institute – EUA e Preceptor da Residência em Otorrinolaringologia da Santa Casa da Misericórdia da Bahia

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias