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Vaginite: saiba como identificar e tratar este problema tão comum entre as mulheres

Por Wendy Delmondes

Vaginite: saiba como identificar e tratar este problema tão comum entre as mulheres
Foto: Divulgação

Corrimento vaginal, coceira, mau cheiro, queimação, dor ou ardor ao urinar e durante a relação sexual, irritação e muito desconforto na região íntima são umas das principais queixas que recebemos frequentemente nos consultórios ginecológicos. Estes sintomas, muitas vezes, estão associados aos distúrbios causados por infecção, inflamação ou desequilíbrio na flora vaginal normal - em mulheres em idade reprodutiva o pH é de 4,0 a 4,5 - , conhecidos como vaginites. Aproximadamente cerca de 70% das pacientes são diagnosticadas com vaginose bacteriana, candidíase ou tricomoníase.


A vaginite nem sempre é infecciosa, alguns fatores podem contribuir para a alteração do pH vaginal, são eles: a contaminação por absorvente interno ou preservativo retido, mudanças hormonais em decorrência da menopausa, pós-parto, amamentação, utilização de medicamentos anti estrogênicos e intravaginais, gel lubrificante, ducha vaginais, vazamento de líquido amniótico em mulheres grávidas, além dos distúrbios médicos sistêmicos, como a artrite reumatóide e o lúpus sistêmico.


Quando a motivação da vaginite é infecciosa, que é a mais comum,  o tratamento clínico deve ser direcionado para o agente causador. Além do mais, os parceiros sexuais podem causar recorrência e devem também receber tratamento específico. Já as mulheres que sofrem com atrofia vaginal, a terapia hormonal costuma ser uma alternativa bastante benéfica.


A maioria das pacientes com distúrbios vaginais necessitam de orientações básicas sobre os cuidados com a higiene íntima. Práticas simples do dia-a-dia são fundamentais para o combate e prevenção de infecções e inflamações, como dormir sem calcinha, evitar o uso de esfoliantes e desodorantes na vulva, usar um método seguro de remoção dos pêlos púbicos e tomar cuidado para evitar sensibilidade e cicatrizes, antes e depois da relação sexual, limpar a vulva da frente para trás, especialmente o clitóris e as dobras vulvares, trocar as roupas íntimas com freqüência, usar roupas íntimas largas de algodão e minimizar o uso de roupas justas, evitar papel higiênico colorido e ficar com calcinhas ou biquínis molhados durante muito tempo, ter uma alimentação balanceada, evitando o consumo de doces e açúcares. 


Em muitos casos, a higiene íntima feminina adequada pode ajudar a prevenir ou aliviar os incômodos de coceira e corrimento vaginal anormal e melhorar o bem-estar geral da mulher. Mas para ter uma qualidade de vida  e saúde plena é indispensável a consulta médica de rotina com seu ginecologista de confiança.  

 

*Wendy Delmondes é ginecologista e especialista em reprodução humana na Clínica Elsimar Coutinho

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias