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Tratamentos contínuos: O cuidado não pode parar

Por Wagner Bramont

Tratamentos contínuos: O cuidado não pode parar
Foto: Divulgação

O país já ultrapassou a marca de 420 mil mortes em decorrência da Covid-19 desde o início da pandemia. Estarrecedor, não é mesmo? Mas, há outro dado que também assusta bastante: a hipertensão arterial mata cerca de 300 mil pessoas por ano no Brasil, e essa epidemia já existe há séculos.


O tratamento efetivo para o coronavírus é a vacina, que conta com acesso ainda limitado para a população, ao passo que, o tratamento para hipertensão arterial e outras doenças como diabetes, existe em grande variedade de medicamentos, que podem proporcionar uma vida longa e de qualidade para os portadores dessas comorbidades.


A hipertensão pode causar danos irreversíveis às artérias do corpo, e, ao longo do tempo, causar o Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico (sangramento associado nas crises de hipertensão) ou o isquêmico (formação de coágulos que entopem as artérias). Os fatores de risco podem ser minimizados com a prática de atividade física, dieta equilibrada, controle do peso e na redução ou eliminação do consumo de bebida alcoólica. Além disso, é importante também não fumar e manter uma vida emocionalmente equilibrada.


Quanto ao diabetes, a comorbidade já chegou a matar 1,5 milhão de pessoas em um ano, a metade do número de mortos ocasionados pela Covid-19. A diferença é a linha tênue no tempo de vida que o paciente tem mediante o tratamento: no caso da Covid, a vacina pode zerar as mortes; já o diabetes pode continuar matando, se o tratamento não for realizado continuamente.
Muitos medicamentos para tratar a hipertensão arterial e a diabetes são disponibilizados gratuitamente pelo Programa da Farmácia Popular do Brasil (PFPB), disponível em grandes redes de drogarias. E, por esses pacientes serem do grupo de risco, o PFPB flexibilizou, caráter excepcional e temporário devido a pandemia do coronavírus, algumas regras, onde o paciente, para manter o isolamento social pode, por meio de procuração simples, solicitar que o seu procurador retire os medicamentos a cada 30 ou 90 dias.


Para aquisição gratuita desses medicamentos, é importante ter em mãos um documento (do paciente e procurador) oficial com foto, CPF e a receita médica dentro da validade estabelecida pelo PFPB, que são de 180 dias. Durante a pandemia, também em caráter excepcional e temporário, a validade da receita é de 365 dias, a partir da data de emissão.


Em meio às diversas mudanças que o mundo vivenciou neste período, uma não pode ser alterada: o cuidado. É importante manter-se atento à saúde, sobretudo no caso de quem realiza esses tratamentos contínuos. Além da Covid-19, o olhar para conosco deve ter ainda mais zelo.

 

*Wagner Bramont é analista e farmacêutico da Universidade Corporativa da Drogaria São Paulo

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias