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Saúde, bem-estar, qualidade de vida e espirito

Por Flavia Ganem

Saúde, bem-estar, qualidade de vida e espirito
Foto: Divulgação

A definição de qualidade de vida é muito ampla, e cada indivíduo ou instituição, organização tem um conceito para tal. E tem relação com o equilíbrio, com a redução do estresse nas situações cotidianas, a fim de alcançar saúde e bem-estar.

 

Vai muito além da saúde física, abrange o estado psicológico e emocional do indivíduo, as relações e ambientes sociais, os significados e valores, o tempo de sono e de atividades de lazer, a rotina profissional, a espiritualidade, aprendizagem, o estágio da vida, o país de origem, as necessidades básicas, as ambições e os desejos individuais, tudo influencia na hora de definir quando se vive com qualidade.

 

Mesmo que não haja uma definição estabelecida para qualidade de vida, alguns órgãos tentam calcular o bem-estar social. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por exemplo, é uma maneira oficial e padronizada de medir a qualidade de vida da população de determinada região. Ele leva em consideração três dimensões: vida longa e saudável: expectativa de vida ao nascer; acesso ao conhecimento: média de estudo e anos esperados de educação formal; padrão de vida decente: PIB/PPC per capita.

 

Na vida moderna, a quantidade de atribuições cada dia aumenta mais, cada um de nós tem uma variedade de papéis para exercer e muitas das vezes não conseguimos exercê-las de forma satisfatória. E isso gera uma auto cobrança, uma correria para dar conta de fazer tudo num tempo que nem sempre é possível, causando ou elevando o estresse a um nível negativo. E muitas das vezes a vida gira em torno de resolver problemas e cumprir obrigações e não sobra tempo para o que é realmente importante, para o que nos traz bem-estar e prazer. E vira um ciclo, muitas vezes a vida se torna algo sem sentido, onde você só cumpre papéis, como se fosse um robô programado. Se pensarmos que até a máquina quebra, pifa, imagine nós, seres humanos. Com toda essa dinâmica trágica, as pessoas começam a busca por hábitos nocivos.

 

Existem estatísticas do aumento do consumo de medicamentos, ou seja, a quantidade de remédios que cada pessoa toma por dia vêm aumentando. E ainda mais alarmante é que os remédios para dormir são uns dos mais vendidos, ou seja, a quantidade de gente que toma remédios para dormir é absurda.

 

Todos nós precisamos de uma certa dose de estresse para viver, porém, em demasia, afeta seriamente o nosso bem-estar físico, mental e emocional.

 

Costumamos ter o estresse como algo comum e esperado em nosso dia a dia, porém, muitas vezes esquecemos que ele pode trazer tantos efeitos negativos para nosso corpo, nossa mente e nossa vida. Não se esqueça que stress não é apenas aquele momento de tensão. Ele se apresenta em todas as situações de ansiedade, medo, insegurança, tristeza, desafios, irritação e até mesmo em estados depressivos, dentre outros.

 

Nas sociedades ocidentais contemporâneas o estresse é altamente prevalente, portanto, a necessidade de métodos para sua redução e prevenção é grande. As estratégias de prevenção e de recomposição englobam 4 aspectos: cognitivos, físicos, emocionais e de consciência.

 

Algumas dessas estratégias são:

– Alimentação adequada, saudável;

– Prática de exercícios físicos;

– Sono adequado;

– Práticas para obter prazer, hobbies;

– Lazer, tempo para curtir a família e amigos;

– Criar válvulas de escape positivas;

– Técnicas de relaxamento da mente, como meditação e Yoga

– Técnicas de exercício da mente e de controle emocional.

 

A qualidade dos nossos hábitos influencia diretamente na qualidade de nossas vidas. Mudar um hábito é um processo muito difícil para a maioria das pessoas, porque exige muita dedicação e disciplina. Quantas promessas de final de ano são feitas e não são cumpridas.

 

Buscar desenvolver o intelecto, novos conhecimentos, hobbies, estar aberto a novas experiências, a criação de novos conceitos. Isso tudo define a qualidade de vida mental e isso independe de riquezas materiais. Pelo contrário, muitas vezes essas pessoas têm uma qualidade de vida piorada, quando muito preocupada em atender vaidades.

 

Como as práticas de saúde, bem-estar, qualidade de vida podem ser inseridas no mundo organizacional.

 

Qualidade de vida no trabalho é um termo amplo. Ele abrange desde a adequação das condições físicas a que os colaboradores estão inseridos, como a tecnologia adequada, o ambiente salubre, o psicológico e emocional dos indivíduos e o clima da organização. Isso reflete, principalmente, na qualidade das relações interpessoais no ambiente de trabalho e na maior ou menor incidência do estresse laboral.

 

O avanço da industrialização e o estilo de vida atual contribuem para o aumento das doenças crônicas e incapacitantes, o que gera diminuição da qualidade de vida e gastos dos sistemas de saúde pública.

 

Existem algumas estatísticas que servem para entender um pouco esse cenário negativo. A depressão é a terceira causa de afastamento aqui no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão será a maior causa de afastamento do trabalho em todo o mundo em 2020.

 

Esses dados revelam que as empresas precisam repensar o modelo de gestão de saúde ocupacional. Um novo modelo de gestão de saúde ocupacional deve se basear em um mapeamento completo dos colaboradores da organização para identificar as demandas e criar programas que atendam às necessidades dos trabalhadores.

 

Os resultados negativos para as organizações são evidenciados pelo turnover (rotatividade), absenteísmo (ausências, faltas), presenteísmo (presença física, baixo desempenho), e pela baixa produtividade.

 

O clima desgastante no ambiente corporativo e a intensa exposição ao estresse laboral desencadeiam doenças ocupacionais. Além de ser um fator que motiva os trabalhadores a mudarem de emprego, elevando o turnover empresarial, da preocupação com problemas pessoais ou desmotivação na execução das suas funções.

 

O impacto da promoção de bem-estar e qualidade de vida nas empresas é tanto financeiro para as organizações quanto na saúde do colaborador. Investir na qualidade de vida dos colaboradores desencadeará um círculo virtuoso de satisfação, motivação e produtividade, elevando resultados e fazendo a empresa se destacar no seu segmento.

 

Quando a empresa investe na qualidade de vida e no bem-estar dos colaboradores ela está investindo no seu ativo mais importante. Sabemos que a força de trabalho, o fator humano é a grande riqueza das organizações. Algumas empresas investem muito e outras não adotam as medidas necessárias. Um fator importante e o primeiro a ser considerado são estratégias para o aumento da conscientização e educação dos trabalhadores, além de oferecer meios para que eles aprendam e possam fazer sozinhos, aplicar em casa e disseminar essa cultura de bem-estar.

 

Os programas de qualidade de vida no trabalho têm como principal finalidade deixar as empresas mais humanizadas por meio de práticas destinadas a assegurar a melhoria das condições de trabalho e promoção da saúde e segurança dos trabalhadores. As ações propostas variam de acordo com as condições e as necessidades dos colaboradores e com a realidade de cada organização. Por isso, antes de implementá-las, é preciso fazer uma avaliação ou pesquisa, para que os programas sejam eficazes, e revisar ocasionalmente o conjunto de ações que compõem o programa.

 

* Flavia Ganem é artista plástica pela UFBA, especialista em micropigmentação e desing de reconstrução de fios

 

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias