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Óculos esportivos clandestinos - Um grande mal à saúde ocular

Por Juarez Gonçalves

Óculos esportivos clandestinos - Um grande mal à saúde ocular
Foto: Divulgação

São inúmeros os males que o consumidor causa à sua saúde visual e olhos quando adquire óculos esportivos, também denominados óculos de sol, sem certificação, garantia e fora de um estabelecimento ótico.

 

A Bahia é um estado tropical e é muito comum aqui a utilização de óculos esportivos. Entretanto, eles só devem ser vestidos quando tenham a certificação adequada e a compra só deve ser realizada em óticas, onde é obrigatória a contratação de um responsável técnico.

 

Infelizmente, é comum no Brasil a  comercialização clandestina de óculos de grau, esportivo e lentes de contato de forma indiscriminada, irregular e ilegal em estabelecimentos comerciais, associações, afins e camelôs sem qualquer registro nos órgãos sanitários, garantia ou procedência dos produtos.

 

Esta prática é criminosa.  Trata-se de uma venda “fake” e o consumidor deve exigir o responsável técnico assim como o alvará sanitário e de funcionamento do estabelecimento.

 

No início desta década, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria Óptica demonstrou que sete milhões dos 24 milhões de óculos de sol produzidos todo ano no país eram piratas e ilegais. Com certeza, estes números já são bem maiores.

 

Óculos clandestinos são mais baratos. Entretanto, eles não possuem lentes que barram os raios ultravioleta.

 

E essa radiação acelera o aparecimento da catarata e contribui para a degeneração macular, uma doença que tira a visão central.

 

E se os óculos não tiverem barreira contra raios ultravioleta, estes equipamentos não serão capazes de proteger os olhos da luz. E a pupila do cidadão irá ficar dilatada. E sem a proteção da lente e a pupila dilatada, os raios solares irão penetrar ainda mais do que sem nenhuma proteção, causando danos em regiões como o cristalino e a retina, o que favorece, respectivamente, a catarata e a degeneração.

 

Sendo, assim temos procurado diversos órgãos públicos, como o Codecon, Procon e Ministério Público do Estado da Bahia para propor uma campanha pela saúde visual, cujo objetivo é combater e assim coibir a venda clandestina de óculos, esportivos ou de grau, assim como de lentes que sejam comercializadas de forma irregular.

 

Nossa intenção, além das necessárias ações de repressão, é convencer o consumidor que comprar óculos clandestinos é o barato que sai muito caro.

 

* Juarez Gonçalves é óptico, optometrista, contatólogo e presidente do Sindicato das Empresas do Segmento Óptico do Estado da Bahia

 

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias