
O presidente Michel Temer, na rota de chegada para esta quarta-feira (2), está preocupado com o quórum que necessita para pular a fogueira. Ele se volta agora para os oposicionistas a eles pedindo - basicamente pela voz do Planalto e dos seus deputados - que mesmo que votem contra a denúncia, estejam presentes na sessão de amanhã, que deverá começar por volta das 9 horas. Se o quórum necessário não for alcançado, “adeus maria preá”, como se dizia em outros tempos mais sérios. Há número de deputados suficientes favoráveis ao presidente, mas é preciso que a oposição também compareça para dar números e a sessão seja então iniciada nesta esperada quarta-feira, que poderá, ou não, ser de cinzas para o presidente. Se assim for, estarão configuradas dificuldades para permanecer com o seu mandato, mesmo que seja a duras penas. Gera-se, assim, uma situação constrangedora para a República, que ficará pior do que está no momento, com dificuldade de toda ordem. Este dia 2 de agosto irá depender das circunstâncias da sessão de amanhã, portanto. O presidente ficará no dia de hoje recebendo parlamentares (o que normalmente ele já faz) na espera de que haja informações positivas oriundas da oposição, trazendo para o Planalto boas novas. A questão, porém, é que os oposicionistas estão liberando seus parlamentares para agirem como quiserem, mas muitos não estão dispostos a facilitar para Temer. Daí a expectativa da sessão desta quarta, o que casa bem com este mês de agosto. Será um dia certamente de muitas dificuldades para o presidente. Na Bahia, provavelemte o governador Rui Costa irá orientar para votar contra Temer, ou se ausentar, conforme orientação do PT.
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Advogada, professora, pós-graduada em finanças e com mestrado em administração. Servidora concursada da Petrobras com início de trajetória na gestão de Salvador em 2013, como diretora-geral de Educação.
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