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Governo acalma os ânimos do PV com direção da Fapesb: 'Partido está satisfeito'

Por Anderson Ramos

Governo acalma os ânimos do PV com direção da Fapesb: 'Partido está satisfeito'
Foto: Reprodução

A insatisfação crescente de quadros do Partido Verde em relação à falta de espaço na gestão estadual dá sinais de arrefecimento, após o governador Rui Costa (PT) dar para a legenda o comando da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), órgão ligado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

 

Na edição do Diário Oficial do Estado de quinta-feira (12), o petista exonerou Márcio Gilberto Costa da direção da Fapesb e nomeou Luiz Antônio Queiroz de Araújo, nome indicado pelo PV (clique aqui). De acordo com Ivanilson Gomes, presidente dos verdes na Bahia, o nome de Luiz Antônio foi apresentado e aprovado pela maioria do partido e, com a indicação, as coisas “caminham para um desfecho bom”.

 

“Foi uma negociação feita com o governo e avaliamos que um nome do PV tinha perfil para estar na Fapesb. Acreditamos que serão dadas as condições necessárias para ele desenvolver o trabalho durante esse período que falta para concluir a gestão. Evidentemente que o PV está satisfeito, até porque nós vamos para lá para fazer um trabalho que o órgão desempenha”, afirmou o dirigente para o Bahia Notícias.

 

Ivanilson ainda adiantou que o partido pleiteia mais espaço na administração estadual. “Claro que tem outras tratativas que estamos fazendo, mas até então o que foi combinado está sendo nesse momento efetivado”, pontuou.

 

O PV se viu obrigado a fazer parte do grupo do governador Rui Costa por causa da federação formalizada com o PT e PCdoB. O movimento levou os verdes a saírem da base do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), o que levou à exoneração da ex-secretária municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência, Edna França e de cargos de confiança ocupados por filiados ou indicados pelo partido (saiba mais).

 

Ainda assim, mesmo sem brechas legais, membros da legenda tentam a liberação da executiva nacional para que sigam na direção contrária da federação formalizada com a sigla do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dividir palanque com o pré-candidato do União Brasil ao Palácio de Ondina, ACM Neto. O dirigente nacional do partido, Luiz Penna, adiantou ao BN que a executiva nacional não deve interferir em questões locais, mas que o PV também analisa o futuro político, com foco nas eleições municipais de 2024 (saiba mais aqui).

 

FAPESB

O novo diretor da Fapesb já inicia sua gestão com um grande problema para resolver, com a cobrança de pesquisadores por reajuste de bolsas de estudo na Bahia. No final de março deste ano, um grupo protocolou junto ao governo, um documento em que eles reivindicam o aumento no benefício, junto a um abaixo-assinado com a assinatura de mais de 1.100 pós-graduandos (lembre aqui).

 

Há pelo menos nove anos, as bolsas da Fapesb estão com o valor congelado, sem correção pela inflação. Na Bahia, um pesquisador mestrando recebe bolsa no valor de R$ 1.500, enquanto um doutorando fica com R$ 2.200. Esses valores são os mesmos desde 2013, quando houve reajuste ainda no governo Jaques Wagner (PT). Durante os mais de sete anos de gestão Rui Costa (PT), não houve qualquer mudança.

 

Para comparação, um bolsista mestrando da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) recebe bolsa de R$ 2.494,20; e o doutorando ganha R$ 4.285,50 por mês. No Nordeste, a Facep, de Pernambuco, remunera com R$ 2.000 o pesquisador em mestrado e em R$ 3.000 o de doutorado.

 

Questionado sobre o assunto durante a inauguração do Hospital Mater Dei Salvador, no início de maio, Rui afirmou que está avaliando a possibilidade de aumento no valor das bolsas, mas frisou que a decisão vai depender de “aspectos legais” já que este é um ano eleitoral (veja aqui).