Para Lídice, não há lei que possa barrar as fake news: 'Isso é uma ilusão'
por Anderson Ramos

As fake news ainda serão um grande problema nas eleições de outubro de 2022. Mas diferente de 2018, quando foi usada a exaustão, a expectativa é de que neste ano os responsáveis pela disseminação de notícias falsas sejam responsabilizados, é o que acredita a deputada federal e relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fake news, Lídice da Mata (PSB-BA).
“Não há lei que possa barrar as fake news, isso é uma ilusão. É a mesma coisa que dizer que é proibido mentir. Obviamente que é impossível que a gente possa ter uma lei que impeça a mentira. Mas a fake news não é só uma mentira. É uma mentira estruturada a partir das tecnologias de informação para ser disseminada amplamente com o objetivo de prejudicar a sociedade ou alguém de forma específica. Então ela requer um processo de regulamentação de alguma maneira da relação da sociedade com o ambiente de rede social para que a gente possa desestimular a sua prática para que a sociedade possa se preparar e o TSE tem feito isso de forma bem eficiente apesar de todas as dificuldades”, disse a parlamentar em entrevista para o Bahia Notícias.
Lídice, que também é presidente do PSB baiano, falou ao BN sobre as articulações políticas no estado, que resultou em muitas mudanças na base governista, com o rompimento e a chegada de antigos aliados. Já sobre o pleito de outubro, ela acredita que o apoio do presidente Jair Bolsonaro vai impulsionar a candidatura de João Roma (PL), o que pode resultar em um segundo turno, algo que não acontece na Bahia desde 1994.
“Nós temos de novo na Bahia esse cenário de três candidaturas com capacidade de disputa real. Porque a candidatura de Roma, apesar de estar ainda mais baixa, ela tende a crescer com a campanha presidencial. Essa ideia de que não vai haver polarização em candidaturas, nem se relacionar com as candidaturas presidenciais, é uma ideia de um equívoco político muito grande. Então eu acho que a novidade desta eleição é esta, não a polarização, mas sim o fato de termos três candidaturas em condição de disputa real. E acho que é possível que tenha segundo turno na Bahia”. Confira a entrevista na íntegra.
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