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Weintraub afirma que Bolsonaro ordenou entrega do FNDE para o Centrão

Weintraub afirma que Bolsonaro ordenou entrega do FNDE para o Centrão
Foto: Reprodução /André Borges / Metrópoles

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (Brasil 35), disse ter recebido uma ordem direta do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que “entregasse” o comando do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) ao Centrão.

 

De acordo com o que divulgou o Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o fundo bilionário, vinculado ao Ministério da Educação (MEC), está envolvido em recentes acusações de desvios de recursos públicos.

 

Em entrevista à CNN, o ex-ministro afirmou que a determinação teria ocorrido em março de 2020 e foi concretizada no mês seguinte, em junho. No dia 1º daquele mês, foi publicada a nomeação de Marcelo Lopes da Ponte, ligado ao ministro Ciro Nogueira (PP-PI), como presidente do FNDE.

 

“Quem vai me dar uma ordem dessas? O meu chefe. Ele falou: você vai ter que entregar o FNDE pro Centrão e eu falei: presidente, não faça isso. E eu fiquei adiando o máximo que eu podia, fiquei adiando. Eu subi toda a governança, as regras, do processo decisório do FNDE. Tentei, inclusive, fazer um conselho, um board decisório pro FNDE não ficar… Para o presidente do FNDE não se reportar só ao ministro da Educação, se reportar ao ministro da Economia e ao da Casa Civil. Na época era o Braga Netto. Tentei, o Braga Netto não quis”, afirmou o ex-ministro.

 

Weintraub isentou Bolsonaro de envolvimento direto em eventuais irregularidades. “Não tá difícil de ver se aconteceu alguma coisa de errado, eu não acho que o presidente esteja envolvido nisso, mas ele deixou entrar gente errada dentro do governo. E essas pessoas erradas que aprontaram no passado eu acho que tem uma probabilidade alta de terem aprontado de novo, mas para ser justo, eu sou a favor de sempre ser justo, então, vamos investigar”, disse ele na entrevista.

 

O ex-ministro atribuiu a aliança do governo Bolsonaro com o Centrão ao atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, então chefe da Secretaria de Governo.