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Solla insiste em candidatura de Wagner ao governo em 2022: 'Unifica toda a Bahia'

Por Bruno Leite, de Seabra / Gabriel Lopes

Solla insiste em candidatura de Wagner ao governo em 2022: 'Unifica toda a Bahia'
Jorge Solla | Foto: Bruno Leite / Bahia Notícias

Um dos principais nomes que continuam defendendo a candidatura de Jaques Wagner (PT) ao governo da Bahia, o deputado federal petista Jorge Solla vê o nome do "Galego" como ponto unificador no grupo político. Em conversa com o Bahia Notícias na manhã desta sexta-feira (4), o parlamentar afirmou que é com "essa perspectiva" que sua ala do PT trabalha.

 

"Vamos ter uma reunião da executiva do partido amanhã [sábado, dia 5], vamos ver o que vai ser debatido. Com certeza a Bahia vai continuar no rumo certo", sinalizou o deputado durante a entrega da nova Maternidade Frei Justo, em Seabra.

 

Nas últimas semanas, a base governista assistiu um "bate cabeça" com a indicação que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), seria o candidato ao Senado pelo grupo. A movimentação fez com que o senador Jaques Wagner (PT) recuasse de sua candidatura ao governo para não aumentar a insatisfação de partidos aliados com uma eventual composição com dois nomes petistas. Com a desistência, o nome de Otto Alencar (PSD), até então pré-candidato à reeleição ao Senado, foi alçado para a cabeça da chapa na disputa pelo governo.

 

A ideia não agradou partidos de esquerda da base aliada do governo da Bahia. Essas alterações, inclusive, não foram reconhecidas como legítimas por alguns integrantes de PT, PSB e PCdoB, que têm reclamado de como as negociações foram conduzidas pelas principais lideranças da aliança e apontam problemas na possível candidatura do senador do PSD (leia mais aqui).

 

FEDERAÇÃO EM PROL DE LULA

Durante a conversa, Jorge Solla também defendeu a ideia de federação entre partidos de esquerda para fortalecer a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em sua avaliação, o petista aponta com entusiasmo uma eventual federação entre PT, PCdoB, PSB e PV.

 

"Estamos com um debate nacional, a federação não é para o estado, ela tem característica especial que é um tipo de coligação mais qualificada. Primeiro porque ela é nacional, rompe com a trajetória tradicional da política brasileira que cada partido é diferente de um estado para outro. Exige uma unidade em todo território nacional. E trabalha com um horizonte de pelo menos quatro anos, não é só para a eleição. Para a eleição do presidente Lula (sic) vai ser uma sinalização importante da esquerda atuar unida, em bloco", pontuou.

 

Apesar da expectativa de Solla, a pauta de uma junção englobar o PT e o PSB esfriou. Internamente, lideranças nacionais dos dois partidos já descartam "qualquer chance" de isso vingar conforme publicado pelo BN (relembre aqui).

 

Ainda sobre a federação, Solla rebateu as críticas da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que se manifestou contra a junção PT-PSB. De acordo com a parlamentar, há a possibilidade de o PSB se tornar uma "sublegenda dos petistas".

 

“Eu acho que um partido do tamanho do PSB, com a história do PSB, com as lideranças que teve e que tem, não precisa de uma federação. Isso não tem a ver com o apoio que a gente vai dar no 1º ou 2º turno ao partido A ou B. Tem a ver com o que o PSB representa”, disse Tabata durante visita a Salvador no mês de fevereiro (leia mais aqui).

 

Questionado pelo BN, Solla não mediu o tom para a resposta. Segundo o petista, Tabata Amaral "não é parâmetro, é uma deputada que vota com o governo Bolsonaro em 99% dos projetos".

 

"Eu não faço nenhuma questão de ter uma deputada como Tabata Amaral em uma federação da qual a gente faça parte. Mas a maioria dos parlamentares que apostam na federação tem unidade com o projeto. Não estamos fazendo conta de garrafinha para ver quem vai ter mais deputado ou menos deputado, estamos fazendo projeto para reconstruir o Brasil. Nesse momento o menos importante é saber se vai ter deputado a mais do PT ou do PSB", finalizou.