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Otto fala em união da base para campanha e minimiza 'punição' citada por Kassab

Por Anderson Ramos / Nuno Krause

Otto fala em união da base para campanha e minimiza 'punição' citada por Kassab
Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias

Praticamente definido como substituto de Jaques Wagner (PT) na disputa pelo governo da Bahia em 2022 nesta quinta-feira (23), após encontro com Rui Costa (PT) (veja aqui), o senador Otto Alencar (PSD) preferiu não confirmar o acordo. O político afirmou que "nunca disse ser candidato a governador", e que é preciso haver uma conversa com toda a base aliada do PT no estado para entender "se é viável, do ponto de vista político, uma mudança de rumo de Wagner para mim ou outro candidato". 

 

"Me colocaram candidato ao governo pela imprensa (...) A reunião que tivemos ontem foi para buscar unidade dentro do grupo, que é muito grande. Às vezes as pessoas falam 'PSD, PT e PP', mas não. Tem PCdoB, tem PSB, Avante, tem que conversar com [João Carlos] Bacelar [presidente do Podemos na Bahia]. Todos os partidos da base. Uma candidatura envolve muito trabalho, articulação, planejamento, do ponto de vista logístico, da estrutura. Em um estado grande como o nosso, no qual você não consegue ir às localidades mais distantes sem ser de avião. Acho que vai ter que se discutir bastante para organizar essa manobra política toda. Eu não tenho pressa. Já que estamos a 7 meses das eleições, teremos que ter mais reuniões", pontuou, em entrevista ao Bahia Notícias. 

 

Otto esteve presente em um evento da Polícia Militar da Bahia, que iniciou uma série de operações para coibir a realização de qualquer evento em ambiente público durante o período em que seria realizado o Carnaval. 

 

Sobre a articulação na chapa nacional, o senador rechaçou que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, apoie o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. Segundo Otto, o partido não tem uma unanimidade entre os estados para tomar tal medida. 

 

"O partido não vai apoiar Lula no primeiro turno. Kassab já disse. Ele está em busca de viabilizar a candidatura de [Rodrigo] Pacheco [presidente do Senado], que está difícil, e aguarda para ver se consegue a candidatura própria. No Paraná, o Ratinho [Jr.] tem tendência a [Jair] Bolsonaro. O pessoal de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Ana Amélia [Lemos, ex-senadora], que vai se filiar ao PSD, apoia Bolsonaro. Não existe unanimidade no país como um todo. No Distrito Federal tem divergências, também. O presidente Kassab está aguardando os fatos. Eu nunca me insinuei a resolver Brasil. Não tô conseguindo resolver Bahia, imagine Brasil. Não vou me envolver nisso de jeito nenhum", ressaltou. 

 

Kassab, inclusive, declarou na última segunda-feira (21) que uma candidatura de Otto ao governo da Bahia seria "uma punição" (lembre aqui). O senador classificou a fala do presidente do PSD como um "lapso verbal". "Ele exagerou um pouco. Qualquer um comete deslizes, como chamo sempre lapsos verbais. Não existe um político que não cometa. Mas o campeão disparado em lapsos verbais é Jair Bolsonaro. Esse aí não tem concorrente", brincou.