'Não vai partir de mim nenhum acirramento', diz Roma após Rui criticar repasses federais
Por Gabriel Lopes
O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), desceu o tom ao comentar eventuais tentativas de politização das enchentes que atingiram municípios do interior da Bahia. Em Salvador na manhã desta quinta-feira (6), Roma conversou com a imprensa e não entrou em embate com as declarações do governador Rui Costa (PT), sobre o governo federal e os repasses para ajudar a reconstrução das cidades.
"Não vai partir de mim nenhum acirramento nesse momento, pelo contrário, o que partiu de mim foi a busca por cooperação. É o momento de trabalharmos juntos pelas pessoas que estão necessitadas, a população pede socorro e quem pede socorro não quer saber de onde está vindo a ajuda", disse o ministro.
Aliado do presidente Jair Bolsonaro, João Roma é apontado como pré-candidato ao governo da Bahia na posição de "terceira via" aos nomes de ACM Neto e Jaques Wagner.
Nesta quarta-feira (5), durante Papo Correria, Rui Costa afirmou que a Bahia não recebeu repasses "substantivos" do governo federal para o atendimento de cidades destruídas pelas chuvas. Segundo o petista, há interesse da gestão de Bolsonaro no encaminhamento de verbas, mas a burocracia estatal estaria atrapalhando (leia mais aqui).
"Ainda não recebemos um repasse substantivo de recursos do governo federal. Eu tenho tido contato com representantes do governo, há interesse, mas a burocracia é muito grande e acaba não sendo acessível o recurso. Há cidades devastadas e não dá para esperar os repasses chegarem", disse Rui.
O governo Bolsonaro prometeu um repasse de R$ 200 milhões para o atendimento às vítimas das chuvas no Brasil, sendo R$ 80 milhões para a região Nordeste. Em declarações recentes, Rui criticou o valor, que ele definiu como "insuficiente".