Rui Costa resiste em definir realização do carnaval: 'Não vou me precipitar'
por Lula Bonfim / Bruno Leite

O governador Rui Costa (PT) continuou a se posicionar de forma cautelosa com relação a realização do Carnaval baiano em 2022 no Papo Correria desta terça-feira (9). Na ocasião, o petista argumentou que tem receio de que processos judiciais sejam movidos contra o estado caso a decisão seja frustrada por um possível cancelamento.
“Se eu anuncio que vai ter carnaval, a situação degrada em dezembro e eu digo que está cancelado o carnaval, eu vou receber uma enxurrada de críticas e de processos judiciais dizendo que o estado autorizou a vender, comercializar, fazer contratos e agora cancelou", falou Rui.
Da mesma maneira, Rui disse que, caso anuncie que a festa não vai acontecer, o governo corre o risco de ser alvo de cobranças. "[E se] o povo corre pra se vacinar e em dezembro a doença cai, aí vão me dizer: a doença caiu, como é que não vai ter carnaval?”, questionou.
“A medida mais responsável com a vida das pessoas é aguardar a repercussão do número de pessoas na UTI e o número de contaminados. Se o número de contaminados cair, aí a chance de ter carnaval aumenta. Se o número não cair, se for subindo, é impossível ter carnaval. Então, eu não vou me precipitar”, alertou o governador da Bahia.
Ele disse considerar legítima a expectativa em prol da folia, mas que a preservação das vidas sejam consideradas como prioridade na tomada de qualquer decisão. "Só farei se eu tiver segurança que isso não vai explodir o número de casos de Covid e não vai morrer um monte de gente. Eu não quero carregar esse peso na minha consciência e no meu coração. Não adianta pressionar, que eu não farei isso”.
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