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STF envia notícia-crime à PGR sobre live em que Bolsonaro associa vacina a Aids

STF envia notícia-crime à PGR sobre live em que Bolsonaro associa vacina a Aids
Foto: Marcos Corrêa / PR

Uma notícia-crime apresentada por parlamentares do PSOL e do PDT após a live em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) associou a vacina contra a Covid-19 à Aids foi encaminhada para a Procuradoria-Geral da República (PGR, neste segunda-feira (25) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. As informações são da Folha de S. Paulo.

 

Segundo o STF, Barroso seguiu o regimento e, como de praxe, enviou a notícia-crime para a PGR, que vai analisar se o presidente deve responder por crimes supostamente praticados durante a live.

 

Bolsonaro faz lives semanais todas às quintas-feiras. Em um momento da última, ele afirmou que comentaria notícias. “Mas não é apenas notícias de jornal, nós checamos a veracidade aqui”, afirmou em um momento. Na sequência, o presidente leu um texto que sugeria a relação entre a vacina contra Covid-19 e o desenvolvimento da Aids. O vídeo em que o presidente do Brasil faz associações descoladas da realidade foram removidos pelo Facebook e o Instagram no domingo (24). Na noite desta segunda-feira (25), o YouTube também tirou do ar a live e suspendeu por uma semana o canal de Bolsonaro.

 

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou uma nota onde desmente a fala do presidente. “Não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (HIV/Aids)”, afirma a entidade (leia mais aqui).

 

A relação estabelecida por Bolsonaro gerou revolta nas comunidades médicas e científicas nos últimos dias. Em entrevista ao Folha, Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), classificou a live como absurda, trágica, falsa, mentirosa e grotesca.

 

Como resposta, Bolsonaro distorceu uma reportagem da revista Exame e culpou a imprensa pela divulgação da fake news.

 

Em entrevista a uma rádio de Mato Grosso do Sul, ele argumentou que teria retirado a informação da revista Exame. No entanto, não citou o nome da publicação durante a live de quinta (21).