Seap ainda não foi notificada sobre uso de tornozeleira por Melina França
Por Anderson Ramos / Bruno Leite
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) ainda não foi notificada pela Justiça sobre o uso da tornozeleira eletrônica pela empresária Melina Esteves França. De acordo com o órgão, em resposta enviada ao Bahia Notícias nesta sexta-feira (22), "o equipamento está a disposição para a instalação".
Acusada de agredir uma babá que trabalhava em sua residência, Melina França teve o uso do acessório determinado pela Justiça Federal nesta quinta-feira (21). A expectativa era de que o objeto fosse instalado no mesmo dia (relembre aqui).
O Ministério Público Federal (MPF) detalhou que o pedido de prisão preventiva de Melina, feito pela polícia, foi negado por ela ser mãe de crianças pequenas. Com isso, o órgão requisitou que fossem impostas outras medidas cautelares, como o monitoramento eletrônico. Entre as restrições, o MPF listou a proibição de manter contato com a vítima e com as testemunhas, especialmente aquelas que lhe prestaram serviços e relataram situações similares à apurada nessas investigações, proibição de se ausentar da Comarca de Salvador/BA, sem autorização judicial e ainda o recolhimento domiciliar no período noturno (das 20h às 5h do dia seguinte) e nos fins de semana e feriado, incluindo o dia de sábado.
França foi indiciada pela Polícia Civil por quatro crimes: ameaça, lesão corporal no âmbito da violência doméstica, cárcere privado qualificado pelos maus tratos e redução à condição análoga à escravidão.
O caso veio à tona em agosto desse ano, quando a babá Raiana Ribeiro pulou do terceiro andar do prédio residencial onde a então patroa morava. Imagens de segurança flagraram o momento e a profissional denunciou que os episódios de violência eram frequentes.