Prefeitura pretende ampliar distribuição de absorventes para além da Educação
Por Maurício Leiro / Bruno Leite
A prefeitura de Salvador pretende ampliar a distribuição de absorventes de forma gratuita. Segundo a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), a perspectiva é que equipamentos como os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) também possam servir como pontos de retirada para pessoas em idade menstrual em situação de vulnerabilidade de maneira permanente.
De acordo com a gestora, que é uma das idealizadoras do projeto que vai fornecer o item básico para estudantes da rede municipal (relembre aqui), para a implementação da primeira etapa um estudo foi feito entre as unidades escolares para identificar pessoas nesta condição.
O cálculo permitiu que cerca de 500 mil absorventes descartáveis fossem comprados pela Secretaria Municipal de Educação (SMED). O investimento total da gestão foi de R$ 800 mil.
"A gente identificou, por exemplo, que muitas pessoas deixam de ir pra escola pela falta do absorvente", argumentou Ana Paula, elencando que, na falta de produtos adequados, muitas têm que recorrer ao uso de materiais anti-higiênicos e prejudiciais à saúde.
Para ela, a política adotada pela prefeitura é o "primeiro passo", apesar do aperto nas contas públicas após a crise sanitária causada pela Covid-19. "Nós mesmos tivemos dificuldades orçamentárias no início do ano, por causa da pandemia". "Hoje o que importa é que essa é uma convocação para todos, para que tomem a mesma iniciativa e que cada um, na sua capacidade, dê o primeiro passo", destacou.
O titular da SMED, Marcelo Oliveira, disse que a ideia é que a "distribuição seja permanente". "Fizemos uma aquisição para cobrir um público de 11 a 50 anos. Queremos priorizar quem não pode custear".