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BNDES não concede crédito para caminhoneiros do Nordeste em 25 meses de programa

Por Jade Coelho / Lula Bonfim

BNDES não concede crédito para caminhoneiros do Nordeste em 25 meses de programa
Foto: Randon

O programa BNDES Crédito Caminhoneiro foi criado em maio de 2019, para financiar gastos de manutenção e conservação de caminhões que atuam na prestação de serviços de frete. De lá para cá, nenhum caminhoneiro das regiões Norte e Nordeste do país foi beneficiado pelo projeto.

 

Dos 190 caminhoneiros agraciados com crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do início do programa até o dia 8 de junho de 2021, 161 são da região Sul do Brasil, 27 do Centro-Oeste e apenas dois do Sudeste, indicando uma desigualdade na distribuição dos recursos.

 

Em julho de 2020, o BN revelou que, dos R$ 500 milhões reservados para o Crédito Caminhoneiro, apenas R$ 5,3 milhões foram aprovados nos primeiros 15 meses do programa, o equivalente a aproximadamente 1% do valor (relembre aqui). Pouco mais de um ano depois, a situação não mudou muito: são R$ 7,1 milhões investidos em 25 meses.

 

Em nota encaminhada ao Bahia Notícias, o BNDES justificou que as linhas de crédito foram distribuídas a caminhoneiros por instituições financeiras credenciadas pelo banco em todo o Brasil, sendo elas responsáveis pela avaliação e aprovação do crédito.

 

“A linha de crédito esteve disponível para as instituições financeiras credenciadas no BNDES atuantes em todo território nacional para ofertá-la aos caminhoneiros. Tais instituições foram as responsáveis pela avaliação das localidades em que disponibilizariam o programa, análise do financiamento e negociação das condições com os clientes (taxas, prazos, garantias), respeitando regras e limites definidos pelo BNDES”, disse o banco.

 

O BNDES ainda afirmou que os caminhoneiros também contam com outras possibilidades linhas de financiamento, como os créditos para pequenas empresas, o cartão do banco, o Finame e programas agropecuários, com aprovação de R$ 599 milhões para o segmento de transporte de cargas.

 

Por outro lado, o banco não fez nenhuma avaliação na nota sobre a desigualdade regional na distribuição dos créditos no programa voltado para os caminhoneiros.