Maia prega cautela com reforma tributária após 'avalizar' trabalhista e previdenciária

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Rodrigo Maia (sem partido), pregou cautela com as mudanças propostas pelo governo federal na reforma tributária, engendrada pelo atual minsitro da Economia, Paulo Guedes. Durante sua batuta, a Câmara aprovou reformas como a trabalhista e previdenciária.

 

"Acho que deveríamos focar na reforma dos impostos de consumo, entre eles: IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins, pois tem um impacto maior na competitividade das empresas brasileiras. Mesma dificuldade. É de maior impacto na vida dos brasileiros a tributação dos impostos de consumo", comentou ao Bahia Notícias. 

 

Na época que era presidente, Maia tentou avançar com a reforma tributária que nasceu no Congresso, porém disse que faltava apenas acordo com o governo para que a reforma no sistema de impostos fosse apreciada na Câmara. Após sua saída, o atual presidente da Casa, Arthur Lira, dissolveu a Comissão Especial, anulando o relatório. A reforma retornou então à estaca zero.

 

Segundo Lira, o prazo de conclusão dos trabalhos do colegiado teria expirado e, portanto, foi necessário seu encerramento para preservar a tramitação da reforma e evitar contestações judiciais no futuro. À época, Lira prometeu buscar o diálogo com o relator e líderes partidários da Câmara e do Senado para conseguir a tramitação da reforma tributária.

 

REFORMA ADMINISTRATIVA

O ex-presidente da Câmara também comentou sobre outra reforma que tramita na Casa: a administrativa. O parlamentar ressaltou que a atual reforma não atinge a expectativa. 

 

Maia pontuou que a proposta ainda não irá solucionar questões fundamentais. "Acho que ela não enfrenta o problema. [Mas] o prazo curto para a reforma polêmica como está", comentou Maia ao Bahia Notícias.