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Ufba pode perder status de qualidade de ensino se orçamento não for revisto, admite reitor

Por Jade Coelho

Ufba pode perder status de qualidade de ensino se orçamento não for revisto, admite reitor
Foto: Bahia Notícias

Os cortes orçamentários que as universidades federais vêm sofrendo podem fazer com que essas instituições acabem perdendo o status de "suprassumo" da educação superior, na avaliação do reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles.

 

“Se essa política de desmonte continuar vão nivelar por baixo a educação superior”, comentou o reitor nesta quarta-feira (19) durante entrevista ao programa Isso é Bahia, uma parceria da rádio A Tarde FM com o Bahia Notícias.

 

Com os cortes feitos pelo governo federal no ensino superior, o orçamento da Ufba sofreu um corte de 18,7% em 2021 se comparado aos números de 2020. Em valores absolutos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), a dotação prevista para as despesas discricionárias da instituição é de R$ 132.814.289,00. No ano passado, essa previsão era de R$ 163.308.544,00 (leia mais aqui).

 

Para João Carlos Salles, se a situação se prolongar as universidades públicas vão repetir o que ocorreu no passado com as escolas de ensino médio públicas. “Se não voltarmos a condição de governos que respeitem e valorizem a universidade, esse é um cenário previsível. Assistimos na história a Bahia perder posição de destaque que tinha na escola pública no ensino médio”, comentou o professor.  

 

O reitor sinalizou que a defasagem e cortes no orçamento vem acontecendo ao longo dos anos, mas que a situação nunca esteve tão grave quanto agora. “Se fossemos reaplicar reajuste simples de inflação deveríamos receber R$ 70 milhões a mais do que estamos recebendo”, disse. Ainda conforme o professor, nominalmente o orçamento atual da Universidade Federal da Bahia é menor do que o de 2010, quando a instituição tinha 15 mil estudantes a menos.

 

A comunidade acadêmica da Ufba realizou nesta terça-feira (18) uma manifestação contra os cortes orçamentários. O ato “Educação contra barbárie” teve adesão de professores, alunos, pesquisadores e técnicos da universidade.