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Professores e trabalhadores da educação decidem por entrar em estado de greve

Professores e trabalhadores da educação decidem por entrar em estado de greve
Foto: Reprodução / Gov.Ba

Após reunião realizada pela APLB Sindicato, na tarde desta quinta-feira (13), os trabalhadores de educação decidiram, com maioria dos votos (92,8%), pelo estado de greve, pela continuidade das aulas remotas  e pelo  retorno das atividade presenciais somente após a imunização completa, com aplicação das 1ª e 2ª doses da vacina.  

 

Segundo o coordenador geral da entidade, Rui Oliveira, a decisão em não retomar as atividades presenciais encontra apoio não só de pais e mães de estudantes, mas de profissionais de educação de quase todos os 417 municípios. 

 

“Foi uma reunião extremamente proveitosa que mostrou que estamos unidos por um pleito que não é corporativista, é um pleito pela vida das famílias dos estudantes e de todos os envolvidos no processo educacional. Expressamos nossa  solidariedade aos trabalhadores da rede privada e nosso apoio aos profissionais do Reda que estão sendo pressionados a retomarem as aulas presenciais. Repudiamos enfaticamente, também, o assédio moral que pais e mães de alunos da rede municipal tem sofrido para levarem seus filhos às escolas”, afirmou o coordenador-geral.  

 

Na ocasião, o sindicato também repudiou o ofício 27/2021 , enviado pela Secretaria Municipal de Educação (SMED) às Gerências Regionais de Educação, na última terça (11), ameaçando cortar 2/3 da carga horária semanal dos profissionais que não realizarem as atividades presenciais. “Não aceitaremos esta imposição e a sobreposição da SMED ao regime de trabalho dos servidores públicos municipais. Não é possível que a secretaria, por um ofício, mude a Lei e se sobreponha ao arcabouço jurídico que garante nossos direitos trabalhistas. É um desrespeito com todos nós, que não paramos de trabalhar em nenhum momento no formato remoto, sem sequer condições dignas de trabalho”, esclareceu o coordenador geral da APLB Sindicato, Rui Oliveira. 

 

De acordo com a categoria, a decisão pela continuidade do estado de greve foi fortalecida diante  dos indicadores da insegurança sanitária em Salvador. “Estamos presenciando o atraso no esquema vacinal de milhares de pessoas. Hoje, a própria Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que 60 mil pessoas podem perder o prazo de imunização caso novas doses Coronavac não cheguem nos próximos dias. Não há nenhuma segurança sanitária na cidade, não há  previsão de 2ª dose para os educadores, tampouco as unidades apresentam infraestrutura adequada para aulas presenciais”, salientou. 

 

A categoria também definiu pela realização de uma carreata na segunda-feira (17), a partir das 10 horas, com saída do Vale do Canela até a SMED, localizada na Garibaldi e agendou nova reunião ampliada para a quinta-feira (20).  De acordo com a APLB, a SMED, ao invés de penalizar trabalhadores da educação, deveria proporcionar melhores condições de trabalho para as atividades remotas.