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Rui acirra disputa com Bolsonaro e reverencia Lula, Dilma e Wagner por 'idealizar' Fiol

Por Matheus Caldas

Rui acirra disputa com Bolsonaro e reverencia Lula, Dilma e Wagner por 'idealizar' Fiol
Rui ao lado de Lula, Dilma e Wagner em 2014 | Foto: Divulgação / PT

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), voltou a acirrar o terreno político com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Pelo Twitter, ele exaltou o trabalho na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) feito pelos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e pelo ex-governador baiano, Jaques Wagner (PT), sem citar o nome do chefe de Estado. Nesta quinta (8), a empresa Bahia Mineração S/A (Bamin) venceu o leilão para concessão do trecho ferroviário entre Ilhéus e Caetité do empreendimento (leia mais aqui).

 

Para Rui, em projetos de longo prazo, ”quem começa não necessariamente vai inaugurar”.  “Idealizamos e executamos grandes projetos de infraestrutura para transformar a vida das pessoas. São projetos de longo prazo; quem começa não necessariamente vai inaugurar. Quem idealiza pensa nas gerações futuras, e não em fazer política”, escreveu.

 

Na visão do petista, Wagner “trabalhou incansavelmente pelo sucesso da FIOL e também viabilizou a implantação do Porto Sul, em Ilhéus”. “FIOL e Porto Sul são projetos “irmãos”, que se complementam e vão gerar emprego e renda para milhões de baianos”, pontuou.

 

“A Ferrovia de Integração Oeste-Leste, a FIOL, obra iniciada pela então presidente @dilmabr com o apoio do ex-presidente @LulaOficial, é um dos mais importantes projetos de infraestrutura em execução no país”, acrescentou, citando os ex-presidentes da República.

 

No ano passado, a obra ganhou contornos de disputa política quando o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, exaltou Bolsonaro ao classificá-lo como “o responsável por destravar o mais importante projeto de infraestrutura do estado.” (leia mais aqui)

 

Na época, o presidente se capitalizou politicamente por inaugurar a obra de um trecho da transposição do Rio São Francisco, travada desde os tempos dos governos petistas (leia mais aqui). No Nordeste, Bolsonaro colhe os maiores índices de rejeição ao seu governo. A região também foi a única na qual ele foi derrotado por Fernando Haddad (PT) no segundo turno da eleição presidencial em 2018. Por isto, a tática de publicizar feitos do presidente em solo nordestino é importante para seus ideais políticos, principalmente visando a reeleição em 2022.

 

A FIOL
Em abril de 2011, Lula esteve em Ilhéus e autorizou a ordem de serviço de quatro lotes do primeiro trecho da ferrovia. O projeto deveria ser concluído em 2014.

 

A concepção da ferrovia inclui três trechos: Ilhéus – Caetité, Caetité – Barreiras e Barreiras – Figueirópolis (TO). A concessão da obra como um todo está sob responsabilidade da Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública ligada ao Ministério da Infraestrutura.

 

Em setembro deste ano, Bolsonaro veio à Bahia para formalizar a parceria com o Exército Brasileiro, que ficará responsável pela construção de um trecho de 18.3 km da Fiol, correspondente ao lote 6 do empreendimento  próximo ao município de  Correntina, na Bacia do Rio Corrente (leia mais aqui). Esse trecho é o pedaço mais atrasado da obra.

 

O 4º Batalhão de Engenharia de Construção, de Barreiras, na mesma região, e o 2º Batalhão Ferroviário, de Araguari, em Minas Gerais, serão responsáveis pela conclusão do lote.