Após decisão de conselho com trabalhadores, governo vai atrasar abono salarial para 2022

O governo vai retardar o calendário de pagamento do abono salarial para renovar o programa de redução salarial, previsto na medida provisória (MP) 936, que vigorou em 2020. Tradicionalmente, o benefício é pago entre julho e junho do ano seguinte. No novo calendário, quem receberia no segundo semestre de 2021 terá de aguardar até o início de 2022, de acordo com o Globo.
Crítico do governo Jair Bolsonaro, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), comentou que a medida estaria "tirando R$ 8 bilhões de trabalhadores e da economia".
A decisão foi tomada na última terça-feira (24), em reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) convocada às pressas após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetar os planos da equipe econômica de alterar regras do seguro-desemprego para abrir espaço para a reedição da medida emergencial.
O colegiado é formado por 18 integrantes, entre representantes do governo, dos trabalhadores e das empresas. Cada bancada tem seis representantes e a presidência é rotativa. A medida foi aprovada por unanimidade após sugestão do governo. O calendário de pagamento do benefício é definido pelo FAT.
Mais cedo, técnicos da equipe econômica chegaram a informar que estava em estudo a edição de crédito extraordinário para financiar o programa, o que deixaria fora do teto de gastos a despesa com as contrapartidas pagas a trabalhadores afetados pelos cortes.
Bolsonaro também não gostou da proposta, alegando que seria a repetição do que aconteceu no ano passado, com aumento da dívida pública. Segundo interlocutores, o presidente estaria de acordo com a nova proposta.
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