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Enquanto vírus circular, mutações vão surgir e vacinados poderão ter que tomar novas vacinas

Por Jade Coelho

Enquanto vírus circular, mutações vão surgir e vacinados poderão ter que tomar novas vacinas
Foto: Reprodução/Youtube

O mundo já tem acompanhado e lidado com o surgimento de variantes do novo coronavírus. O processo de mutação e que acabam no desenvolvimento de novas cepas é normal e vai continuar acontecendo enquanto o vírus tiver em circulação na sociedade, explica a infectologista Lorena Galvão. Diante disso, a especialista sinaliza para a possibilidade de quem já foi vacinado ter que ser submetido a uma nova vacina, além das duas doses dos imunizantes que já estão em uso no Brasil, por exemplo.

 

Ela explica que as variantes acontecem de forma natural em todos os vírus. “A medida que o vírus se replica ele sofre algumas alterações que dão origem a diferentes clones do vírus, algumas dessas alterações levam a desvantagens, e outras mutações levam a benefícios”, sinalizou.

 

A médica chama a atenção para o fato de que a única forma de diminuir a circulação do vírus e consequentemente a possibilidade de mutações é reduzindo a circulação, e isso só ocorre com a imunização da população.  Enquanto isso, a única maneira de se prevenir é seguir as recomendações que há quase um ano vem sendo feitas pelas entidades de saúde: praticar o distanciamento social, higiene das mãos e uso das máscaras.

 

Até mesmo quem já está vacinado precisa manter cuidados. “É possível a necessidade de revacinação” disse. Mas a especialista ponderou: “a gente vai precisar observar o comportamento do vírus, alguns trabalhos mostram que a eficácia de algumas vacinas, como a de Oxfrd/Astrazenaca por exemplo, é diminuída com algumas variantes, como a do Reino Unido. Mas para a identificado no Amazonas, a princípio, não há esse impacto”. A infectologista Lorena Galvão foi a entrevistada desta terça-feira (16) no Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador FM 92,3.

 

A Bahia está em alerta para a possibilidade de colapso do sistema de Saúde. Algumas cidades do estado já registram altos índices de ocupação de leitos de UTI, destinados ao pacientes com quadros mais graves da infecção pelo coronavírus, e em Salvador as UPAs estão sofrendo grande pressão.

 

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), reconheceu a possibilidade de implementar medidas mais restritivas no estado, como o fechamento de serviços não essenciais.

 

A infectologista reconhece que essa é uma necessidade e atribui a situação grave ao descumprimento das recomendações e protocolos sanitários por parte da população. “Infelizmente com a flexibilização a gente viu que pessoas não seguiram recomendações, então não temos muitas alternativas nesse sentido”, analisou Lorena.