Queda nas exportações da Bahia em 2020 foi menor do que a média nacional, aponta Fieb

Apesar da crise causada pela pandemia do coronavírus, a queda na média de exportações baianas em 2020 foi menor do que a média nacional. Dados do Relatório de Acompanhamento do Comércio Exterior da Bahia (Raceb), publicados pela Gerência de Estudos Técnicos da Federação das Indústrias do Estado (Fieb), apontam que o decréscimo foi de 4,2% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 7,8 bilhões.
Com isso, a Bahia ficou em 10º lugar no ranking de exportações brasileiras, com a participação de 3,6%. Já na comparação com a região Nordeste, o estado foi responsável por 50% do valor total exportado pela região.
Para a Fieb, isso se deve ao fato de que "a pauta dos produtos vendidos para o exterior pela Bahia é altamente concentrada em produtos industrializados". Os produtos em questão são soja, óleo combustível (fuel oil), celulose em pasta, algodão, bulhão dourado, bagaços de soja, celulose para dissolução, equipamentos de energia eólica, automóveis e manteiga de cacau, responsáveis por 66,8% do total exportado pelo estado em 2020.
"A partir de março do ano passado, a Bahia passou a registrar elevadas vendas externas de óleo combustível para o mercado internacional, aproveitando o fato de que esse óleo atende às novas especificações da navegação mundial", cita o especialista em desenvolvimento industrial da Fieb, Danilo Peres. Ele destaca, ainda, que as altas exportações de soja também foram importantes para que o impacto da pandemia sobre as exportações baianas fosse menor.
O relatório também mostra que a China foi o principal destino estrangeiros dos produtos baianos, respondendo por 28,8% das exportações do estado. Na sequência, vêm Cingapura (13,4%), Estados Unidos (10,5%), Argentina (5,4%) e Suíça (3,9%).
Quanto às importações, a retração foi de 29,8%, provocada pela redução das compras, principalmente de produtos minerais e de máquinas e aparelhos elétricos. De acordo com a Fieb, entre os principais produtos importados estão nafta petroquímica, sulfetos de cobre, automóveis com motor diesel, trigo e cacau, que responderam por 1,8% das importações baianas.
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