Após caso Beto Freitas no Carrefour, Congresso quer comissão permanente sobre racismo

Após o assassinato de Beto Freitas, espancado até morte por seguranças do Carrefour (relembre), o Congresso Nacional deve propor a criação de uma comissão permanente para debater leis de combate ao racismo estrutural.
Segundo a coluna Painel S.A., do jornal Folha de S. Paulo, desde o episódio, que completa dois meses em 20 de janeiro, 12 projetos sobre o tema foram apresentados à Câmara e ao Senado. Entre elas, há propostas que responsabilizam sócios e gerentes de empresas por atos de racismo no ambiente corporativo.
As denúncias por discriminação de origem, raça, cor e etnia cresceram 56% em 2020 na comparação com o ano anterior, de acordo com dados do Ministério Público do Trabalho. Foram 205 denúncias e 60 inquéritos civis, ainda conforme a publicação.
ACUSADOS VIRAM RÉUS
Em dezembro do ano passado, a Justiça do Rio Grande do Sul acatou a denúncia feita pelo Ministério Público e tornou réus seis pessoas envolvidas na morte de João Alberto Silveira Freitas, o Beto Freitas. Eles responderão por homicídio com dolo eventual e triplamente qualificado: motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Já os pedidos de prisão de Rafael Rezende e Kleiton Silva Santos, funcionários da loja, e de Paulo Francisco da Silva, que atuava na empresa de segurança terceirizada Vector, foram negados. No entanto, eles seguem respondendo por homicídio triplamente qualificado. A juíza da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre, Cristiane Busatto Zardo, considerou que os três desempenharam participação de menor importância no homicídio.
Beto Freitas, negro de 40 anos, foi espancado até a morte por seguranças de uma unidade do Carrefour na capital gaúcha no dia 19 de novembro, véspera do Dia da Consciência Negra.
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