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Direção nacional do PSB 'forçou' apoio a Boulos e outros nomes de esquerda no 2º turno

Direção nacional do PSB 'forçou' apoio a Boulos e outros nomes de esquerda no 2º turno
Carlos Siqueira, presidente do partido | Foto: Arquivo PSB

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) anunciou, nesta sexta-feira (20), seu apoio ao candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos. A sigla também passa a apoiar outros candidatos de esquerda pelo país, como João Coser (PT) em Vitória e Edmilson Rodrigues (PSOL) em Belém. O passo à esquerda foi dado após um esforço do presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.

 

Segundo a BBC Brasil, a decisão foi tomada em uma reunião em Brasília, que teve a presença de outros dirigentes do PSB, como os governadores de Pernambuco, Paulo Câmara; e do Espírito Santo, Renato Casagrande; além do ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. O filho de Márcio França (PSB), o deputado estadual por São Paulo Caio França, também participou.

 

Houve conflitos da direção nacional com lideranças dos estados. Para convencer os demais socialistas, Carlos Siqueira invocou uma resolução aprovada pela Executiva Nacional do PSB em março deste ano, que determina que o partido feche alianças "preferencialmente com os partidos de esquerda e centro esquerda", dando ao comando da sigla o poder de decidir sobre o apoio a candidatos no segundo turno.

 

"Todas as deliberações (...) do PSB sobre formação de coligações e escolha de candidatos em capitais e cidades com possibilidade de segundo turno terão de ser submetidas à aprovação prévia da direção nacional, que poderá aprovar, alterar ou anulá-las em caso de desacordo com as orientações político-eleitorais do PSB", diz o artigo 1º da resolução.

 

O documento também proíbe, de forma explícita, o apoio a "candidaturas e/ou candidatos que defendam o atual governo", referindo-se ao governo federal de Jair Bolsonaro (sem partido).

 

Nacionalmente, o PSB priorizou a formação de chapas com o PDT, numa aliança que vinha sendo costurada desde 2019 e que mira a próxima disputa presidencial, em 2022. Márcio França, por exemplo, concorreu à prefeitura de São Paulo no 1º turno com um vice do PDT, Antonio Neto.

 

No Rio de Janeiro, a candidata Martha Rocha (PDT) teve Anderson Quack (PSB) como vice. Da mesma forma, em Recife, os pedetistas apoiaram a candidatura de João Campos (PSB), com uma vice do PDT: Isabella de Roldão

 

Conflito em Porto Alegre
 
Siqueira negou que houve desconforto na decisão de apoiar Boulos, mas confirmou o incômodo do PSB gaúcho com um possível apoio a Manuela D’Ávila (PCdoB). Os dirigentes locais preferiam apoiar Sebastião Melo (MDB).

 

"Sim (houve conflito, sobre Porto Alegre)". "(Decisões sobre alianças) Têm que levar em conta também a história do partido, que tem o seu campo bem delimitado (à esquerda)", disse Carlos Siqueira.

 

"Já o Márcio (França) é um companheiro da Executiva Nacional, a gente resolve tudo no diálogo. Não tem conflito com ele, não", afirmou Siqueira.