Rui minimiza saldo do PT nas eleições municipais: 'É um perde-ganha normal'
por Jade Coelho / Ailma Teixeira

Embora o PT tenha perdido prefeituras na última eleição - em 2016, a legenda conquistou 39 cidades, e neste ano, 32, podendo somar mais duas no segundo turno -, o governador Rui Costa (PT) avalia que o resultado do pleito foi positivo. Solicitado a fazer um panorama do desempenho do Partido dos Trabalhadores no interior baiano, ele disse que foi um “perde-ganha normal”.
"Não houve uma mudança substancial dos 417 municípios na Bahia e eu diria que é um perde-ganha normal. Às vezes onde você está governando oito anos, 12 anos, você perde", ponderou, avaliando que a oposição saltou de cerca de 60 para 70 prefeituras.
A declaração foi feita na manhã desta quarta-feira (18) durante a entrega de moradias, em Salvador. Esse foi o primeiro encontro de Rui Costa com a imprensa após o resultado das urnas, já que ele não compareceu à coletiva realizada por sua candidata na capital, Major Denice.
No caso específico de Salvador, o governador justificou a derrota pelas dificuldades enfrentadas no pleito, além da pandemia do novo coronavírus. "A eleição aconteceu, eu diria, dentro de um marco de desigualdade grande entre os candidatos, a começar pelo tempo de televisão, pelo orçamento das candidaturas... Salvador teve a candidatura mais cara do Brasil", afirmou, em referência ao prefeito eleito Bruno Reis, que recebeu mais de R$ 12 milhões de recursos, segundo registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até o momento.
Mas agora o foco é outro. Com a campanha em segundo turno em Feira de Santana e Vitória da Conquista, Rui disse que o PT vai trabalhar para "consolidar a vitória já dada no primeiro turno". Em ambas as cidades, os candidatos petistas Zé Neto e Zé Raimundo garantiram mais votos (veja aqui e aqui) contra os atuais prefeitos Colbert Martins (MDB) e Herzem Gusmão (MDB).
PLANO NACIONAL
Na ocasião, o governador baiano aproveitou ainda para analisar a conjuntura nacional e ressaltou que também vê um cenário favorável a partir do crescimento de "um pensamento mais humanista e progressista para a política".
"Eu diria de dar menos espaço para aventureiros de última hora que pretendiam eventualmente governar as cidades, então eu diria que, como regra geral (...), as pessoas apostaram na seriedade ao invés de ir na aventura", afirmou, citando nomes como Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, e Manuela D'Ávila (PCdoB), em Porto Alegre. Ambos conseguiram levar a disputa para o segundo turno. (Atualizada às 10h46)
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