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Após Maia tratar Moro como 'extrema direita', DEM evitar institucionalizar crítica

Por Matheus Caldas

Após Maia tratar Moro como 'extrema direita', DEM evitar institucionalizar crítica
Foto: Isaac Amorim / Ministério da Justiça/Divulgação

Nas últimas semanas, o apresentador Luciano Huck e o ex-ministro Sergio Moro se reuniram e ensaiaram uma aliança na tentativa de fazer frente em 2022 à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – numa chapa que também pode ser composta pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quando perguntado sobre o tema, afirmou que não apoiaria um grupo integrado “por alguém de extrema direita”, se referindo a Moro, segundo a colunista Monica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. No entanto, este posicionamento de Maia não reflete a opinião institucional do partido. 

 

Segundo apurou o Bahia Notícias com uma fonte ligada aos democratas, a legenda não possui, institucionalmente, uma posição tão dura quanto a do presidente da Câmara.

 

Isto, contudo, não significa que o DEM irá fazer um convite formal ao ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, embora, em abril, setores da legenda tenham demonstrado, internamente, o desejo de uma aproximação com o ex-juiz da Operação Lava Jato, um dos principais cabos eleitorais para a eleição de Bolsonaro em 2018 (leia mais aqui). Esta situação, no entanto, não evoluiu.

 

Segundo apuração do BN, o assunto esfriou neste ano, principalmente por conta das eleições municipais, adiadas para este mês em razão da pandemia da Covid-19. A avaliação interna é que assuntos referentes a 2022 só serão debatidos a partir do próximo ano. Por outro lado, na visão da cúpula do partido, a aliança entre Huck, Moro e Doria não deve sair do papel. A princípio, apenas o apresentador da TV Globo é visto como opção para compor com o governador paulista.

 

Presidente nacional do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), não respondeu às mensagens da reportagem para repercutir sobre o assunto. Contudo, no último domingo (15), na festa da eleição de Bruno Reis (DEM) como novo prefeito da capital, ele disse afirmou que “2022 é lá e só lá”, referindo-se à sua eventual candidatura ao governo do estado (entenda). Caso esta lógica seja mantida, assuntos referentes ao pleito de daqui a dois anos não devem ser comentados publicamente por ora.

 

Por outro lado, caso opte por aproximar-se de Moro, o DEM deve encontrar resistência do PDT. Ambas as siglas firmaram aliança neste ano visando uma composição na disputa presidencial em 2022, quando Ciro Gomes (PDT) tentará, mais uma vez, derrotar Bolsonaro. Parte deste acordo culminou na indicação de Ana Paula Matos (PDT) à vice de Bruno Reis. Inicialmente, o intuito era formar uma chapa entre Bruno e o secretário municipal de Saúde (SMS), Leo Prates, que deixou o DEM rumo ao PDT. Contudo, por conta da pandemia, Prates optou por permanecer na pasta.

 

Ciro verbaliza constantemente sua oposição a Moro, a quem ele já classificou como "capanga de Bolsonaro".