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Apagão no AP dobra preço do galão de água, e moradores se abastecem às margens de esgoto

Apagão no AP dobra preço do galão de água, e moradores se abastecem às margens de esgoto
População precisa pegar água em esgoto | Foto: Hugo Barreto/ Metrópoles

O apagão que atinge o Amapá desde a última terça-feira (3) afetou também o sistema de abastecimento hídrico do estado. Até esse domingo (8), faltava água encanada, água mineral e gelo nas cidades. 

 

Quem procura, consegue encontrar, mas em preços mais altos do que o habitual. A reportagem do site Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, localizou três comércios, em diferentes pontos do Amapá, em que o galão de água ficou mais caro.  

 

Funcionária de um comércio no bairro de Perpétuo Socorro, na capital Macapá, Thays Daniela de Oliveira, conta que, antes do apagão, um galão de 20 litros era vendido por R$ 6. Agora, o preço mais que dobrou.

 

“Como a gente compra caro e precisa se sustentar também, sustentar o negócio, a gente acaba vendendo por um preço absurdo e que, infelizmente, tem gente que não consegue comprar”, diz a comerciante.

 

Até a manhã de sábado (7), estavam disponíveis para venda no estabelecimento apenas cinco galões de água e, de acordo com Thays, a dona do comércio não pretendia comprar mais, pelo menos por enquanto. Já no bairro de São Lázaro, também em Macapá, Andressa Suany relatou que o preço de uma garrafa de 1 litro estava custando R$ 10, sendo que, antes do apagão, o preço da garrafa era R$ 3.

 

“Agora a gente nem compra mais. Até porque já acabou no mercadinho. Hoje, graças a Deus, recebemos uma caixa com garrafas d’água de doação. Deus vai ajudando”, diz a jovem.

 

O governo estadual informou que o fornecimento de água começou a ser retomado nos municípios no sábado. Moradores, no entanto, rebatem e dizem que a água só cai das torneiras apenas uma vez por dia e por menos de uma hora.

 

Com as torneiras secas em casa, moradores do bairro Perpétuo Socorro, em Macapá, a capital do estado, passaram a coletar água de uma tubulação às margens do esgoto da cidade.

 

O mau cheiro é forte, mas Edelson Ferreira explica que essa é a única forma de colocar água dentro de casa. Ele, entretanto, ressalta que essa reserva serve apenas para lavar louça e roupa.

 

A Justiça deu prazo de três dias para que os serviços sejam retomados. Neste domingo, foi divulgado o cronograma de rodízio de fornecimento de energia elétrica nas 13 cidades do Amapá atingidas pelo apagão. São 765 mil pessoas afetadas. Haverá racionamento até o restabelecimento total no estado, previsto pelo Ministério de Minas e Energia para o próximo fim de semana, sem data definida.

 

A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) fez a divisão para que o sistema funcione com duração de pelo menos 6 horas para cada região. Isso porque, segundo a empresa, só cerca de 70% da capacidade do sistema elétrico foi restabelecida. Em alguns locais, a luz ainda não retornou.